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Os riscos quanto à sustentabilidade da dívida pública portuguesa são elevados, mas têm-se verificado melhorias no período recente

08.11.2019

 

Economia numa imagem: Os riscos quanto à sustentabilidade da dívida pública portuguesa são elevados, mas têm-se verificado melhorias no período recente

Várias instituições internacionais usam metodologias de DSA - Debt Sustainability Analysis para monitorizar e analisar riscos quanto à sustentabilidade da dívida pública. A abordagem de DSA desenvolvida pelo Eurosistema para os países da área do euro é composta por três grandes blocos. O bloco determinístico baseia-se num conjunto de cenários para a evolução dos rácios da dívida num horizonte de 10 anos, incluindo um cenário de referência e cinco cenários de choque adversos: i) histórico, em que o crescimento real do PIB e o saldo primário convergem para os valores médios do passado; ii) política orçamental invariante com custos orçamentais associados ao envelhecimento; iii) combinação de choques de stress test, definidos em linha com o exercício da European Banking Authority; iv) choque de taxa de juro; e v) choque estrutural, baseado num choque negativo sobre o produto potencial. No caso de Portugal, os cenários mais adversos são o histórico e o de combinação de choques de stress test (ver gráfico). A abordagem de DSA do Eurosistema inclui ainda um bloco estocástico, que consiste num conjunto alargado de cenários probabilísticos para a evolução do rácio da dívida, e um bloco de “outros indicadores” que visa cobrir riscos adicionais, bem como aspetos institucionais relevantes.
A informação contida nos três blocos pode ser sintetizada num score de risco e classificada de acordo com um esquema cromático: verde (riscos contidos), amarelo (riscos moderados), laranja (riscos elevados) e vermelho (riscos muito elevados). Várias calibrações plausíveis para calcular o score de risco agregado sugerem que Portugal se situa atualmente na categoria laranja. Quando comparados com os resultados obtidos em anos anteriores, os dados mais recentes apontam para melhorias em várias das dimensões da sustentabilidade aferidas.

 

Para mais detalhes, ver Cláudia Braz e Maria Manuel Campos, “Uma avaliação analítica da sustentabilidade da dívida pública portuguesa”, Revista de Estudos Económicos, Vol. V (4),  Banco de Portugal, outubro de 2019.  

Preparado por Cláudia Braz e Maria Manuel Campos. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade das autoras e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.

 

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