O Banco de Portugal publica hoje o Relatório do Conselho de Administração – Atividade e Contas relativo a 2020.
O Banco de Portugal publica hoje o Relatório do Conselho de Administração – Atividade e Contas relativo a 2020.
Em 2020, a pandemia de COVID-19 e as medidas de contenção adotadas levaram a uma contração sem precedentes da atividade económica e a tensões nos mercados financeiros, com repercussões para a missão do Banco de Portugal na manutenção da estabilidade de preços e na salvaguarda da estabilidade financeira.
O Banco de Portugal participou nos esforços nacionais e internacionais destinados a garantir a resiliência do sistema financeiro e a proteger a liquidez e o fluxo de crédito à economia, nomeadamente:
Com o objetivo de facilitar os pagamentos eletrónicos, alterou o montante máximo permitido por transação contactless sem PIN, em articulação com os principais intervenientes no mercado de pagamentos, e participou na preparação das medidas excecionais adotadas para fomentar os pagamentos com cartões.
Para melhor acompanhar a evolução da economia, adaptou e inovou nos dados, nas metodologias e nos instrumentos de análise e de previsão. Com o Instituto Nacional de Estatística, criou o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas. Também desenvolveu um indicador diário de atividade económica e divulgou novas estatísticas sobre dívida pública, execução orçamental e endividamento do setor não financeiro e um novo indicador preliminar do turismo.
No final de 2020, o balanço do Banco de Portugal totalizava 192 mil milhões de euros, um valor superior em 33 mil milhões de euros ao registado no final de 2019.
Este aumento do balanço decorreu, essencialmente, das medidas adotadas para mitigar os efeitos da pandemia de COVID-19 sobre a economia.
Na evolução do balanço destacam-se, do lado do ativo:
E, do lado do passivo:
O resultado líquido foi de 535 milhões de euros, 31 milhões de euros superior ao resultado orçamentado para 2020.
Para este resultado contribuíram:
Os gastos de funcionamento totalizaram 196 milhões de euros, menos 9 milhões de euros do que em 2019. Os gastos com pessoal diminuíram 5%, refletindo sobretudo o decréscimo de gastos de reformas antecipadas. Os fornecimentos e serviços de terceiros também diminuíram 5%.
O resultado apurado possibilitou a distribuição de dividendos ao Estado no valor de 428 milhões de euros. Considerando o imposto sobre o rendimento corrente, foram entregues ao Estado 671 milhões de euros.