O Banco de Portugal divulga no BPstat informação estatística mensal sobre os empréstimos abrangidos por moratórias (pública e privadas) para o período de março de 2020 a janeiro de 2021. A informação é atualizada no último dia útil de cada mês.
Os dados publicados são desagregados para particulares e sociedades não financeiras. Para os primeiros são detalhados os empréstimos à habitação e para as sociedades não financeiras são discriminados alguns setores de atividade económica e também os empréstimos concedidos às pequenas e médias empresas (detalhe que inclui as micro empresas).
Para estas desagregações, o Banco de Portugal divulga dados sobre montantes de empréstimos em moratória (saldo em fim do mês), número de devedores associados e pesos nos totais de cada segmento.
Esta informação tem por base os elementos reportados pelas instituições financeiras à Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal.
Os dados hoje publicados indicam que no final de janeiro de 2021, 54 mil sociedades não financeiras tinham empréstimos em moratória, no montante global de 24 mil milhões de euros (33,2% do total de empréstimos obtidos pelas sociedades não financeiras junto de instituições financeiras). As empresas de alojamento e restauração eram as que mais se destacavam com 57% do montante dos seus empréstimos abrangidos por esta medida. Nos setores mais vulneráveis, tais como definidos no Decreto-Lei 22-C/2021 de 22 de março de 2021, 8,4 mil milhões de euros estavam em suspensão de pagamento, o que representava 34,4% do total de empréstimos das sociedades não financeiras em moratória.
16,1% dos empréstimos a particulares estavam em moratória, no montante global de 20 mil milhões de euros, 86% dos quais correspondiam a empréstimos para habitação. Uma análise do número de devedores mostra que 8,8% dos particulares tinha pelo menos um contrato abrangido por moratória.
O montante de empréstimos à habitação sob moratória privada era de 3,7 mil milhões de euros.
Mais informação disponível no BPstat.