
O comércio português de serviços não turísticos é dominado por empresas que são simultaneamente exportadoras e importadoras
28.08.2020
Os fortes progressos nas tecnologias de informação e comunicação têm contribuído para tornar os serviços não turísticos cada vez mais transacionáveis. Com a evolução das tecnologias digitais, é expectável que o comércio internacional deste tipo de serviços continue a crescer significativamente nos próximos anos. Em Portugal, as exportações e importações de serviços não turísticos são já uma componente importante do comércio internacional de bens e serviços. Assim, é relevante analisar as características das empresas portuguesas que participam no comércio internacional destes serviços.
No conjunto das empresas participantes no comércio internacional de serviços não turísticos, é possível distinguir entre empresas que apenas exportam; que apenas importam; que exportam e importam (comerciantes bidirecionais). Em Portugal, o comércio internacional de serviços não turísticos está muito concentrado nos comerciantes bidirecionais: estas empresas representavam cerca de 45 por cento do total de empresas e cerca de 90 por cento do total do valor transacionado em 2014-2015. A concentração das exportações e das importações de serviços não turísticos nos comerciantes bidirecionais é comum à maioria dos setores de atividade.
Para mais detalhes, ver João Amador, Sónia Cabral e Birgitte Ringstad (2019), “Quão heterogéneas são as empresas portuguesas no comércio internacional de serviços não turísticos?” em “O crescimento económico português: uma visão sobre questões estruturais, bloqueios e reformas”, Banco de Portugal.
Preparado por Sónia Cabral. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.
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