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A redução das transições para o emprego em períodos de contração da atividade difere entre grupos populacionais

05.06.2020

Economia numa imagem: A redução das transições para o emprego em períodos de contração da atividade difere entre grupos populacionais

A redução das taxas de contratação por parte das empresas é um dos principais mecanismos de transmissão da queda da atividade económica ao mercado de trabalho. Este fenómeno é observável na redução dos fluxos de transição para o emprego, quer de indivíduos desempregados, quer de indivíduos inativos. De acordo com a informação do Inquérito ao Emprego do INE, no primeiro trimestre de 2020, terão transitado do desemprego para o emprego 65,5 mil indivíduos (1,3% da população ativa), o que se traduz numa redução face ao valor médio registado nos primeiros trimestres do período 2014-2019 (82,1 mil indivíduos ou 1,6% da população ativa). O fluxo de indivíduos que transitaram da inatividade para o emprego no primeiro trimestre de 2020 também diminuiu face à média dos primeiros trimestres entre 2014 e 2019 (2,0% face a 2,3% da população ativa).

Tal como em anteriores períodos de contração da atividade económica, observa-se que a redução dos fluxos para o emprego tende a afetar de forma mais marcada alguns grupos da população, em função da idade ou do nível de escolaridade. Por nível de escolaridade, a redução dos fluxos para o emprego, tanto com origem no desemprego como na inatividade, é particularmente significativa nos indivíduos com ensino básico. Por outro lado, a diminuição do fluxo de transições do desemprego para o emprego é mais significativa nos indivíduos com idades entre os 30 e os 54 anos, enquanto a redução do fluxo de transições da inatividade para o emprego terá afetado de forma mais marcada os indivíduos mais jovens.

 

Para mais detalhes ver Martins e Seward (2020): “A medição da subutilização no mercado de trabalho: Uma análise empírica para Portugal”, publicado na Revista de Estudos Económicos do Banco de Portugal, vol. VI, n.º 2.

 

Preparado por Fernando Martins e Domingos Seward. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.

 

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