Em março de 2020, o endividamento do setor não financeiro situava-se em 725,0 mil milhões de euros, dos quais 322,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 402,6 mil milhões de euros ao setor privado.
Relativamente a fevereiro de 2020, o endividamento do setor não financeiro aumentou 1,3 mil milhões de euros. Este aumento deveu-se ao acréscimo de 1,7 mil milhões de euros do endividamento do setor privado, compensado em parte, pela redução do endividamento do setor público em 0,4 mil milhões de euros (Gráfico 1).
A redução do endividamento do setor público refletiu-se no decréscimo do endividamento face ao exterior (2,1 mil milhões de euros), parcialmente compensado pelo aumento do endividamento face ao setor financeiro (1,4 mil milhões de euros) e às empresas (0,2 mil milhões de euros) (Gráfico 2).
No setor privado, o endividamento das empresas aumentou 1,9 mil milhões de euros, sobretudo através do aumento do endividamento face ao setor financeiro. Este acréscimo foi parcialmente compensado pela diminuição do endividamento dos particulares em 0,2 mil milhões de euros, principalmente face ao setor financeiro.
Em março de 2020, a taxa de variação anual (tva) do endividamento total das empresas privadas foi de 0,6%, mais 0,2 pontos percentuais (pp) do que o registado no mês anterior. A tva do endividamento total dos particulares diminuiu 0,2 pp, para 0,8%.
O Banco de Portugal inicia hoje a publicação de novos detalhes relativos às taxas de variação anual das estatísticas do endividamento do setor não financeiro. A notícia sobre a sua divulgação pode ser consultada aqui.
Próxima atualização: 23 jun. 2020
(1) As taxas de variação anual do endividamento pretendem aferir a evolução do endividamento total (incluindo empréstimos, títulos de dívida e créditos comerciais) captado pelo setor privado não financeiro junto dos restantes setores institucionais (informação em base consolidada). As tva são calculadas com base num índice construído a partir de transações derivadas, isto é, variações de posições em fim de período corrigidas de reclassificações, abatimentos ao ativo, reavaliações cambiais e de preço e de outras variações que não sejam devidas a transações financeiras.