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Lições de um modelo estrutural com agentes de vida finita
2021
Authors
Ano de Divulgação
2021
Resumo
Este artigo pretende identificar diferenças de narrativa para economia portuguesa decorrentes de dois modelos estruturais estimados, idênticos em todas as dimensões excepto na estrutura das famílias. No modelo com agentes de vida finita, as famílias vivem de acordo com o esquema de gerações sobrepostas e têm vidas estocásticas finitas, atribuindomaior valor económico a eventos de curto prazo. O modelo com agentes de vida infinita segue a prática padrão na literatura. Concluí-se que a estrutura das famílias desencadeia diferenças quantitativas pouco significativas na narrativa. Quando as diferenças existem, elas atuam principalmente por meio dos efeitos dos choques de procura, que desempenham um papel mais proeminente nos desenvolvimentos económicos no modelo com agentes de vida finita, e que são alternativamente canalizadas para perturbações tecnológicas no modelo de agentes com vida infinita. Estas diferenças não transmitem uma narrativa alternativa em termos qualitativos e não fornecem uma visão geral dramaticamente diferente para a economia portuguesa ao longo do período 1999-2019. Dois componentes importantes neste resultado são a presença de famílias que gastam a totalidade do seu rendimento, em cada período, no modelo com agentes de vida infinita—que cria efeitos não-Ricardianos não desprezíveis—e a regra fiscal sempre ativa—que limita fortemente o financiamento via dívida das despesas públicas.
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