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Economia numa imagem

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O recurso às medidas de resposta à pandemia COVID-19 é maior entre as empresas com fortes quebras no volume de negócios

12.06.2020

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A pandemia COVID-19 traduziu-se num choque muito negativo sobre as empresas portuguesas. Em resposta, o Governo implementou um conjunto de medidas de apoio que visam mitigar o seu impacto sobre a atividade económica. O Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (INE e Banco de Portugal) permite aferir o recurso às seguintes medidas pelas empresas respondentes: (i) a moratória ao pagamento de juros e capital de créditos já existentes, (ii) o acesso a novos créditos com juros bonificados ou garantias do Estado e (iii) a suspensão do pagamento de obrigações fiscais e contributivas.  

De acordo com os resultados para a segunda quinzena de maio, 32% das empresas já beneficiaram de pelo menos uma destas três medidas e 26% planeiam beneficiar. Uma proporção significativa destas empresas reportou reduções do volume de negócios superiores a 50%, face a uma situação sem pandemia. Em contraste, 39% das empresas não tenciona beneficiar de nenhuma das três medidas apresentadas pelo Governo. Neste conjunto de empresas, o impacto da pandemia no volume de negócios terá sido menor.

As medidas referidas constituem, a par da possibilidade de implementar layoffs, um apoio crucial à liquidez das empresas, permitindo preservar a capacidade produtiva instalada e suportar a retoma da atividade económica após o alívio das medidas de contenção.

 

Para mais detalhes consultar o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19, segunda quinzena de maio de 2020, disponível nos sites do Banco de Portugal e do INE.

 

Preparado por Ana Sequeira, Cristina Manteu e Nuno Monteiro. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.