Economia numa imagem

21.07.2023
O aumento na utilização de fontes de energia renováveis tem sido crucial para a redução das emissões de carbono em Portugal

Nas últimas duas décadas, Portugal registou uma redução das emissões de carbono em cerca de 30 por cento. Para aferir quais foram os fatores que contribuíram para esta significativa diminuição, a variação das emissões de carbono foi decomposta em seis determinantes, nomeadamente intensidade carbónica, eficiência energética, estrutura produtiva, composição da procura, procura per capita e população.
A decomposição da variação acumulada das emissões de carbono desde 2000, permite concluir que os principais fatores que contribuíram para a redução das emissões foram a diminuição da intensidade carbónica e o aumento da eficiência energética. Em particular, estes dois fatores desempenharam um papel muito importante para a marcada diminuição das emissões de carbono na segunda metade da década de 2000. Tal refletiu o aumento muito significativo da importância das fontes de energia renováveis na geração de energia, com destaque para a energia eólica. No período mais recente, também contribuiu a decisão de encerrar as últimas centrais termoelétricas em Portugal. Em sentido contrário, temos o papel da procura cujo aumento ao longo do tempo fomenta as emissões de carbono. A este respeito, refira-se que a evolução muito negativa da procura em 2020, em virtude da pandemia COVID-19, diminuiu o seu contributo acumulado.
Para mais detalhes consultar Cardoso, F. e Rua, A. (2023) “Gone with the wind: A structural decomposition of carbon emissions”, Working Paper 12, Banco de Portugal.
Preparado por Fátima Cardoso e António Rua. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.
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