A evolução da população residente em Portugal tem apresentado alguma volatilidade. Em termos acumulados, no último quartel do século XX aumentou 10% e nas duas décadas do século XXI praticamente estagnou: no início de 2022 a população encontrava-se no nível de 2002, mas com uma estrutura mais envelhecida. 

O contributo positivo do saldo natural (diferença entre o número de nados-vivos e o número de óbitos) foi diminuindo ao longo das décadas e tornou-se negativo a partir de 2009. Por outro lado, os fluxos migratórios têm uma evolução bastante mais volátil, sendo afetados por questões mais conjunturais, incluindo as várias fases de expansão e recessão económica. A partir de 2017 o saldo migratório (diferença entre o número de imigrantes permanentes e emigrantes permanentes) tem dado um contributo positivo, permitido um crescimento da população residente desde 2019. Os indicadores mais recentes, como sejam as estimativas do INE para 2022 e indicadores de curto prazo para 2023, sugerem uma intensificação dos fluxos de imigração.

Para mais detalhes consultar “Tema em destaque - Demografia em Portugal: cenários para o século XXI”, do Boletim Económico do Banco de Portugal de junho de 2023.

Preparado por António Antunes, Fátima Cardoso, Vanda Cunha e Cláudia Duarte. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.

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