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Economia numa imagem

Economia numa imagem

28.04.2023

A medida de inflação conjunta para Portugal mostra que a recente subida de preços incluiu um grupo alargado de bens e serviços

A inflação em Portugal aumentou muito desde julho de 2021, alcançando níveis não vistos nos últimos trinta anos. Inicialmente, a subida de preços restringiu-se a um número limitado de itens, mas o maior dinamismo dos preços dos bens mais voláteis, afetados por choques externos, foi propagado para as componentes tipicamente mais estáveis.

Este aumento está patente numa medida de tendência dos preços denominada inflação conjunta. Este indicador identifica co-movimentos nos preços de um número significativo de rubricas, captando a componente comum da inflação. A evolução da inflação conjunta tem um perfil próximo da variação dos preços medida com o IHPC no período entre 2002 e 2022. Quando a inflação foi baixa, ocorreram flutuações pequenas e breves dos preços em torno de uma inflação conjunta relativamente estável. Isto contrasta fortemente com o observado em 2022, ano durante o qual tanto a variação homóloga do IHPC total como a inflação conjunta ultrapassaram 8%. Tal sugere que uma ampla gama de preços aumentou simultaneamente neste período, em parte devido a maiores efeitos de contágio na transmissão de pressões inflacionistas.

Para mais detalhes ver “O processo inflacionista em Portugal: o papel dos efeitos de contágio”, Revista de Estudos Económicos do Banco de Portugal, Vol. IX, No. 2, pp. 31-51.

Preparado por João Quelhas e Sara Serra. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.

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