Economia numa imagem

Os preços de bens alimentares têm subido mais em Portugal do que na área do euro, especialmente os dos produtos não transformados
14.04.2023

Nos meses recentes, a taxa de variação homóloga dos preços no consumidor de bens alimentares continuou a aumentar, situando-se em 19% em fevereiro de 2023, 3,9 pp acima do valor observado na área do euro.
É possível decompor este diferencial em dois efeitos para cada item do cabaz alimentar do índice de preços no consumidor: um efeito preço, que capta o contributo que advém das diferenças na variação do preço entre Portugal e a área do euro, e um efeito estrutura, que mede o contributo da diferença do peso do item nos cabazes das duas economias.
Os bens alimentares não transformados foram os que mais contribuíram para o diferencial de inflação face à área do euro em fevereiro de 2023 (3,2 pp). Os efeitos preço foram significativos neste grupo de bens, em particular, nas frutas, nos hortícolas e nas carnes. O contributo dos bens transformados foi menor, com efeitos preço nalguns itens a serem parcialmente compensados por efeitos estrutura negativos noutros.
Para mais detalhes consultar Caixa 2 “Evolução dos preços dos bens alimentares e diferencial face à área do euro” do Boletim Económico do Banco de Portugal de março de 2023.
Preparado por Carlos Melo Gouveia e Cristina Manteu. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.
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