Está aqui

Economia numa imagem

O número de insolvências e de reestruturações não aumentou durante a pandemia

05.08.2022

Economia numa imagem: O número de insolvências e de reestruturações não aumentou durante a pandemia

 

Nas semanas de 2020 afetadas pela pandemia, o número de pedidos de insolvência e de reestruturação manteve-se alinhado com a média histórica. No primeiro semestre de 2021, o número de pedidos situou-se 27% abaixo da média histórica.

Houve vários fatores com impactos de sinal oposto no número de pedidos de insolvência e de reestruturação. No primeiro estado de emergência, período de fortes restrições à circulação e ao funcionamento dos tribunais, o número de pedidos diminuiu 10%. O segundo estado de emergência e a suspensão da obrigação de apresentação à insolvência tiveram um impacto reduzido no número de novos pedidos. Houve um aumento do número de pedidos nos setores mais expostos à pandemia nas semanas de 2020 afetadas pela pandemia, em comparação com a média histórica pré-pandemia. Em sentido oposto, a moratória de crédito reduziu a probabilidade de insolvência das empresas. Através de uma experiência natural, conclui-se que a moratória reduziu a probabilidade de insolvência nas empresas abrangidas pela experiência de 6,4% para 3,9%. 

 

Para mais detalhes, ver Nogueira (2022), “Insolvência e reestruturação de empresas no período COVID-19”, Revista de Estudos Económicos, Banco de Portugal, Vol. VIII, N.º 3, pp 1-26.

 

Elaborado por Gil Nogueira. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade do autor e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.

 

Se desejar receber um e-mail quando for publicado um novo “Economia numa imagem” envie o seu pedido para info@bportugal.pt.