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Economia numa imagem

As empresas que preveem subidas mais acentuadas dos preços de venda são também as que antecipam maiores aumentos salariais

17.06.2022

Segundo os resultados do Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (IREE) – Edição de maio de 2022, a maioria das empresas (83%) considera que a invasão da Ucrânia, o aumento dos preços das matérias-primas e bens intermédios e as disrupções nas cadeias de fornecimento globais têm um impacto negativo sobre a sua atividade.

Estes choques externos têm efeito sob a formação de preços. Dois terços das empresas respondentes tencionam aumentar os preços de venda em 2022, enquanto quase um terço pretende mantê-los inalterados. Em geral, os aumentos previstos são significativos, ultrapassando os 10% em quase 40% das empresas que pretendem subir preços. As empresas que esperam subidas mais acentuadas dos preços são também as que antecipam maiores aumentos salariais. No conjunto de empresas com uma variação de preços até 5% em 2022, um quarto antecipa um crescimento dos salários superior a 5%. Esta proporção sobe para 42% nas empresas que pretendem aumentar os preços mais de 20% este ano. Para além de um maior crescimento dos custos salariais, o grupo de empresas que aumentará os preços este ano concentra também uma maior proporção de empresas muito afetadas pela subida dos custos de matérias-primas (energéticas e outras) e de transporte.

Para mais detalhes consultar a caixa “Perspetivas para preços e salários em 2022 – uma análise com base nos resultados do IREE”, do Boletim Económico de junho de 2022 e a nota informativa com os resultados do IREE – Edição de maio de 2022.

Preparado por Ana Sequeira e Cristina Manteu. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade das autoras e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.

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