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Economia numa imagem

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A competitividade da economia portuguesa melhorou entre 2014 e 2020, mas situa-se ainda longe dos melhores desempenhos na UE

29.04.2022

A competitividade é um conceito difuso, cuja quantificação abrange uma gama muito ampla de fenómenos. A forma tradicional de avaliar as condições de competitividade baseia-se em painéis de indicadores, mas nos últimos anos os indicadores compósitos tornaram-se ferramentas populares. O seu desenho deve ter em conta alguns aspetos. Em primeiro lugar, é necessário definir uma medida que compare o desempenho relativo de um país, por exemplo, em termos da distância ao melhor desempenho num grupo de referência. Outra questão relevante diz respeito à ponderação dos indicadores individuais. Tendo em mente estas considerações, o indicador compósito de competitividade (ICC) combina dados agregados anuais de vários países para um conjunto de variáveis relacionadas com a competitividade organizados em quatro grandes dimensões: i) estabilidade macroeconómica e distribuição de rendimento; ii) educação e inovação; iii) investimento e infraestruturas; iv) instituições e mercados.

O ICC para Portugal apresentou uma trajetória descendente até 2007. Porém, entre 2014 e 2020 observou-se uma recuperação, colocando o indicador num nível semelhante ao existente em 1995. Portugal apresenta-se longe dos níveis atingidos pela Suécia e, embora exista uma forte recuperação após 2017, não se observou uma melhoria tão sustentada como a registada pela Áustria e pela República Checa no horizonte em análise. Portugal está no grupo inferior na UE, mas regista a maior evolução neste conjunto de referência face ao ano de 2007 e situa-próximo de Espanha e Itália.

 

Para mais detalhes, ver artigo “A competitividade da economia portuguesa: Uma leitura baseada num indicador compósito”, Revista de Estudos Económicos, volume VIII - nº2.

 

Preparado por João Amador, Guida Nogueira e Ana Fernandes. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com as do Banco de Portugal, do Ministério da Economia, do Ministério das Finanças ou do Eurosistema.

 

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