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Economia numa imagem

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Grande parte dos preços no consumidor na área do euro tem registado crescimentos mais elevados do que antes da pandemia

22.04.2022

Economia numa imagem: Grande parte dos preços no consumidor na área do euro tem registado crescimentos mais elevados do que antes da pandemia

A inflação na área do euro tem aumentado desde o início de 2021, atingindo os valores máximos desde a formação da união monetária. Este aumento é maioritariamente explicado pela evolução do preço dos bens energéticos. No entanto, a subida da inflação não se cingiu apenas a esses bens. No início de 2022, cerca de 80% dos produtos que compõem o cabaz do IHPC apresentava uma taxa de variação homóloga dos preços mais elevada do que a observada em média em 2018-2019. Cerca de 60% dos produtos apresentava uma variação de preços acima do objetivo de estabilidade de preços do BCE (2%). A aceleração generalizada dos preços refletirá em parte a subida dos preços internacionais das matérias-primas energéticas. Esse aumento terá afetado não só o preço dos bens energéticos na área do euro, mas também o preço de outros bens e serviços que utilizam essas matérias-primas na sua produção. Também as disrupções na oferta global de diversos bens não energéticos terão contribuído para a subida da inflação. O conflito militar na Ucrânia tem vindo a acentuar estas tendências.

A incerteza em relação ao comportamento da inflação na área do euro no futuro é elevada. A teoria económica sublinha a importância de acompanhar de perto as expetativas de inflação e o comportamento dos salários. Esses indicadores podem fornecer orientações importantes sobre a persistência do aumento da inflação e sinalizar riscos para estabilidade de preços a médio prazo. Até ao momento, o crescimento dos salários tem sido contido e os indicadores de expetativas de inflação a prazos mais longos encontram-se em valores que estão globalmente em linha com o objetivo de estabilidade de preços do BCE.

 

Para mais detalhes consultar o Tema em destaque “Por que razão está a inflação mais alta na área do euro?” do Boletim Económico do Banco de Portugal de março de 2022.

 

Preparado por Alexandre Carvalho, Bruno Freitas e Joana Garcia. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.

 

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