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Economia numa imagem

As expetativas de inflação na área do euro apresentam um aumento contido nos horizontes de médio prazo
19.11.2021

Os indicadores de expetativas de inflação têm um papel importante no vasto conjunto de informação analisado pelo BCE para determinar a adequada orientação da política monetária. Nos anos que precederam a crise pandémica, as expetativas de inflação na área do euro mantiveram-se em níveis relativamente baixos. No início do período pandémico, o choque desinflacionista causado pela contração da procura agregada foi dominante, levando a uma redução das expetativas de inflação, em particular nos horizontes de curto prazo. Com o fortalecimento da recuperação económica e uma maior preponderância de restrições do lado da oferta, tem-se verificado um aumento quer da inflação observada, quer das expetativas de inflação ao longo de 2021.
A evolução das expetativas de inflação aponta para a dissipação de grande parte das pressões inflacionistas no horizonte relevante para a política monetária. De facto, o aumento das expetativas de inflação na área do euro tem-se revelado mais pronunciado nos horizontes mais curtos. Os indicadores para 4 a 5 anos à frente verificaram também um aumento, mas bastante mais contido, tendo-se registado uma maior dispersão das respostas. Com base no Inquérito a Analistas Profissionais (SPF na sigla inglesa) de outubro, as expetativas de inflação a este horizonte situavam-se em 1,9%, ou seja, ainda abaixo do objetivo do BCE. Embora os indicadores extraídos a partir de swaps indexados à inflação apresentem subidas expressivas, este movimento deverá refletir, em larga medida, a evolução do prémio de risco de inflação, isto é, da compensação exigida pelos agentes participantes nos mercados financeiros pela incerteza associada à possível variabilidade da inflação no período do contrato.
Para mais detalhes ver o artigo Sandra Gomes, Nikolay Iskrev e Pedro Pires Ribeiro (2021), Expetativas de inflação na área do euro durante a pandemia de COVID-19, publicado na Revista de Estudos do Banco de Portugal (Vol. 7 N. 4).
Preparado por Sandra Gomes, Nikolay Iskrev e Pedro Pires Ribeiro. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.
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