Economia numa imagem

Os exportadores portugueses de bens ganharam quota de mercado durante a pandemia
12.11.2021

No primeiro semestre de 2021, e face a igual período de 2019, as exportações portuguesas de bens (excluindo combustíveis) para a UE cresceram menos do que as importações da UE. Esta evolução refletiu um efeito negativo da especialização, que compensou o efeito positivo associado a ganhos de quota nos mercados país/produto individuais. O efeito especialização ou estrutura negativo é explicado principalmente por um maior peso relativo nas exportações portuguesas de mercados país/produto que tiveram um comportamento pior do que a média das importações da UE.
A capacidade dos exportadores portugueses de competirem com outros fornecedores nos mercados país/produto da UE reforçou-se durante o período da pandemia, o que se traduziu em ganhos de quota. Este efeito quota de mercado equivaleu a 1,8 pp no período entre o primeiro semestre de 2019 e o primeiro semestre de 2021. Em termos de produtos, o bom desempenho dos exportadores foi relativamente generalizado, realçando-se o contributo dos ganhos de quota nas máquinas e aparelhos elétricos, nos minérios e metais comuns e nos agroalimentares, bebidas e tabaco. Avaliando os resultados por país, verifica-se que os ganhos foram mais expressivos nos mercados espanhol e francês.
Para mais detalhes consultar a Caixa 3 “Evolução da quota de mercado das exportações de bens durante a pandemia“, do Boletim Económico do Banco de Portugal de outubro de 2021.
Preparado por Ana Correia. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade da autora e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.
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