Economia numa imagem

O número de desencorajados registou um aumento sem precedentes no início da pandemia, que reverteu em 2021
29.10.2021

No início da pandemia, o número de desencorajados, ou seja, aqueles indivíduos sem emprego que, embora estivessem disponíveis para trabalhar, não procuraram ativamente emprego, aumentou em cerca de 150 mil, um aumento sem precedentes em termos de magnitude e rapidez. O número de desencorajados foi especialmente elevado durante os períodos em que as medidas de contenção foram mais restritivas. Parte destes novos desencorajados correspondeu a indivíduos que, em circunstâncias normais, seriam classificados como desempregados, mas que não puderam efetuar diligências ativas de procura de emprego, em virtude das restrições à mobilidade e da redução de alguns canais de oferta de trabalho.
Nos meses seguintes, e ainda que com alguma volatilidade, observou-se uma reversão significativa deste aumento, que se completou no segundo trimestre de 2021. No entanto, no final do primeiro semestre de 2021, a composição dos desencorajados por escolaridade e idades revelava algumas alterações face aos valores observados antes da pandemia. Destaca-se o aumento da idade mediana e a maior percentagem de desencorajados com ensino superior. Neste período, observou-se igualmente um aumento da percentagem de novos desencorajados provenientes do comércio e do alojamento e restauração.
Para mais detalhes consultar a Caixa 5 “Uma caraterização da evolução dos desencorajados no período da pandemia“, do Boletim Económico do Banco de Portugal de outubro de 2021.
Preparado por Fernando Martins e Domingos Seward. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.
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