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Em Portugal, as famílias mais velhas com negócios estiveram mais expostas à crise pandémica do que as mais jovens

01.10.2021

Economia numa imagem: Em Portugal, as famílias mais velhas com negócios estiveram mais expostas à crise pandémica do que as mais jovens

A recuperação da atividade económica tem sido mais lenta nos setores mais afetados pelas medidas de contenção da pandemia e por receios de contágio, tais como o alojamento, restauração e similares e as atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas. O risco de redução substancial do rendimento ou património das famílias com negócios nestes setores é maior quando todos membros da família que trabalham têm a sua atividade no negócio, quando o negócio representa a maior parte dos ativos da família ou quando o negócio é de responsabilidade ilimitada. 

De acordo com a informação sobre o setor de atividade e a dependência financeira do negócio obtida com base no Household Finance and Consumption Survey (em Portugal, Inquérito à Situação Financeira das Famílias) de 2017, a percentagem de famílias com negócios muito expostas à crise pandémica é maior em Portugal do que na área do euro (4,5% versus 3%). Em Portugal, nas famílias com negócios a percentagem de famílias muito expostas é mais elevada nas duas classes de idade igual ou superior a 55 anos (6,7%). Na área do euro, pelo contrário, a percentagem é mais elevada na classe dos 35 aos 44 anos (4,6%) e decresce nas classes mais velhas. Esta diferença de perfil decorre de os negócios em setores com recuperação mais lenta terem uma maior incidência nas famílias mais velhas em Portugal e nas mais jovens na área do euro, uma vez que a dependência do negócio aumenta com a idade tanto em Portugal como na área do euro.

 

Para mais detalhes ver Costa, Farinha, Martins e Mesquita (2020) “Famílias proprietárias de negócios em Portugal e na área do euro: caracterização e exposição à crise pandémica”, publicado na Revista de Estudos Económicos do Banco de Portugal, vol. VI, n.º 4.

 

Preparado por Sónia Costa, Luísa Farinha, Luís Martins e Renata Mesquita. As análises, opiniões e resultados expressos neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem necessariamente com os do Banco de Portugal ou do Eurosistema.

 

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