Boletim Económico - dezembro de 2022


A economia deverá desacelerar em 2023 e recuperar em 2024–25, continuando a crescer mais do que a da área do euro
A atividade desacelerou ao longo de 2022, após ter recuperado da crise pandémica.
A invasão da Ucrânia afetou a confiança e agravou o aumento dos preços. O Banco Central Europeu subiu as taxas de juro para moderar as pressões sobre os preços.
Estes fatores continuarão a limitar o crescimento da atividade até meados de 2023. O emprego e o desemprego deverão manter-se estáveis.
A economia portuguesa continuará a crescer mais do que a da área do euro, tal como aconteceu desde 2016, com a exceção de 2020.

A subida dos preços será mais lenta a partir de 2023
O aumento dos preços em 2022 foi o mais elevado dos últimos 30 anos.
A subida dos preços internacionais de bens energéticos e alimentares contagiou os restantes preços. A recuperação do turismo tornou também alguns serviços mais caros.
Os preços crescerão menos em 2023 e nos anos seguintes, em resultado das menores pressões internacionais e das medidas tomadas pelo Banco Central Europeu.
É essencial travar a subida dos preços para proteger o poder de compra das famílias e a retoma da economia.

Há o risco de a economia crescer menos e os preços subirem mais, se houver escassez de gás na Europa ou subidas acentuadas de salários e lucros
A evolução da economia é muito incerta.
Se houver problemas de abastecimento de energia ou se os salários e os lucros das empresas subirem mais do que se espera, a atividade crescerá menos e os preços aumentarão mais do que o agora projetado.