Boletim Económico de junho de 2022
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O Boletim Económico de junho divulga projeções detalhadas do Banco de Portugal para a economia portuguesa em 2022 e nos dois anos seguintes. Saiba mais sobre o Boletim Económico de junho de 2022 em:
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Projeções para a economia portuguesa: 2022-24
A atividade recupera o nível pré-pandemia e retoma a convergência com a área do euro |
Os gastos dos turistas ajudarão a suportar a economia |
Os preços sobem muito em 2022, mas crescerão menos nos anos seguintes |
Devido à invasão da Ucrânia, há o risco de a economia crescer menos e os preços subirem mais do que o projetado |

A atividade recupera o nível pré-pandemia e retoma a convergência com a área do euro
A atividade económica recuperou até ao início de 2022 e regressou ao nível anterior à pandemia.
A invasão da Ucrânia pela Rússia aumenta a incerteza, limita o comércio e a produção e agrava a subida dos preços. No resto de 2022, a atividade deve ficar globalmente estagnada, abaixo do que se esperava anteriormente.
Em 2023 e 2024, a atividade crescerá a um ritmo próximo da média histórica.
A economia retoma a convergência com a área do euro no período de projeção.

Os gastos dos turistas ajudarão a suportar a economia
O turismo recuperou e deverá continuar dinâmico até 2024.
O consumo das famílias aumentou muito no início de 2022, mas deve abrandar com a incerteza e a redução do poder de compra. O crescimento dos salários e do emprego sustentará o rendimento e o consumo das famílias nos anos seguintes.
O recebimento de fundos europeus impulsionará o investimento.

Os preços sobem muito em 2022, mas crescerão menos nos anos seguintes
O agravamento recente dos preços resulta do aumento dos preços dos bens importados. A invasão da Ucrânia veio encarecer ainda mais os produtos energéticos e alimentares.
Os preços continuarão a subir de forma acentuada por mais tempo do que se esperava anteriormente, mas a subida será menos pronunciada em 2023 e 2024.

Devido à invasão da Ucrânia, há o risco de a economia crescer menos e os preços subirem mais do que o projetado
A invasão da Ucrânia torna mais incerta a evolução da economia.
Se se prolongar e os seus efeitos se agravarem, a atividade pode crescer menos e a subida dos preços pode ser mais acentuada em 2022 e 2023 do que o agora projetado.