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Riscos climáticos e ambientais. NGFS divulga relatório de progresso sobre o guia para supervisores
A poucos dias da Cimeira do Clima da ONU, a Central Banks and Supervisors' Network for Greening the Financial System (NGFS) divulgou dois novos relatórios:
- O relatório de progresso sobre o guia de riscos climáticos e ambientais para supervisores, publicado hoje;
- Os resultados de um inquérito aos bancos centrais sobre a utilização de cenários climáticos, publicado no dia 19 de outubro.
O relatório de progresso do Guia para Supervisores avalia o caminho percorrido na integração dos riscos climáticos e ambientais nos sistemas de supervisão. Destaca também diversas experiências, incluindo a decisão do Banco de Portugal de estender às instituições menos significativas sob sua supervisão direta as expetativas de supervisão definidas pelo Mecanismo Único de Supervisão para as instituições significativas (Carta Circular n.º CC/2021/00000010, de 17 de fevereiro) e a análise do Banco de Portugal à exposição do sistema bancário nacional a empresas não-financeiras vulneráveis a riscos climáticos (Occasional Paper-n.º 1/2021). No relatório, são ainda identificados desafios comuns aos supervisores, como sejam as lacunas de dados, a falta de metodologias e métricas harmonizadas para tratar riscos climáticos e ambientais, e as restrições de competências e de recursos.
Já o relatório do inquérito sobre utilização de cenários climáticos pelos bancos centrais constitui uma referência para os bancos centrais e supervisores que planeiem recorrer a esta ferramenta, considerada de grande utilidade em face da incerteza que carateriza a avaliação do impacto económico e financeiro das alterações climáticas.
Sobre a NGFS
A NGFS é uma rede global de bancos centrais e autoridades de supervisão, criada em 2017 para promover a gestão dos riscos ambientais no setor financeiro, em especial os riscos associados às alterações climáticas, e para apoiar a transição para uma economia mais sustentável, através da expansão do "financiamento verde". A rede conta atualmente com 95 membros e 16 observadores, de países que representam os cinco continentes e cerca de 85% das emissões globais de gases com efeito de estufa e que são responsáveis pela supervisão da totalidade dos bancos e de cerca de dois terços das seguradoras com importância sistémica.
O Banco de Portugal aderiu à NGFS em 2018, afirmando assim o seu compromisso em contribuir, no âmbito do seu mandato, para o esforço global de promoção dos objetivos ambientais e, em particular, de resposta às alterações climáticas. O Banco tem participado ativamente nos trabalhos desta rede e tem contribuído para a generalidade dos documentos técnicos por ela produzidos.