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Nota de Informação Estatística - Posição de investimento internacional - setembro de 2019

O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.18 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas da posição de investimento internacional (PII) relativas a setembro de 2019.

No final de setembro de 2019, a PII de Portugal situou-se em  -212,6 mil milhões de euros, o que traduz uma melhoria de aproximadamente 2,6 mil milhões de euros em relação ao final de 2018 (Gráfico 1).

Para a variação da PII contribuíram as transações (+1,2 mil milhões de euros), as variações cambiais (+1 mil milhões de euros) e os outros ajustamentos (+0,5 mil milhões de euros), os quais foram parcialmente compensados pelas variações de preço (-0,1 mil milhões de euros).

O detalhe das transações pode ser consultado na Nota de Informação Estatística da Balança de pagamentos.

No caso das variações cambiais o impacto positivo sobre a PII é principalmente justificado pela valorização dos ativos de residentes no exterior expressos em dólares, resultante da apreciação desta moeda face ao euro. 

Relativamente às variações de preço, apesar do valor líquido ser reduzido, em termos brutos, destaca-se a valorização das obrigações do tesouro na carteira de não residentes, aumentando os passivos da posição de investimento internacional. Em sentido oposto, é de salientar a valorização dos ativos pelo aumento da cotação do ouro.

No período em análise, a PII em percentagem do PIB1 também registou uma variação positiva, passando de -105,6 por cento no final de 2018, para -102 por cento no final de setembro de 2019.  

A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da PII excluindo, fundamentalmente, os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, foi, em setembro de 2019, de 185,6 mil milhões de euros. Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida reduziu-se em 2,1 pontos percentuais entre o final de 2018 e o final de setembro de 2019. A dívida externa líquida passou de 91,2 para 89,1 por cento, em grande medida devido ao aumento do PIB (Gráfico 2).

Próxima atualização: 19 fev. 2020


Nota

1 O valor nominal do PIB utilizado para o cálculo dos rácios corresponde ao divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Para o trimestre mais recente, caso este valor não esteja ainda disponível, é feita uma extrapolação do PIB nominal para esse trimestre com base na informação parcial divulgada pelo INE. Assim, a metodologia de cálculo tem em consideração o valor nominal do PIB do trimestre homólogo, a taxa de variação homóloga em volume divulgada pelo INE relativamente ao trimestre mais recente e o último valor da taxa de variação homóloga do deflator do PIB publicado pelo INE. No caso das séries relativas a posições, o valor nominal do PIB utilizado nos rácios corresponde ao valor acumulado dos últimos quatro trimestres, independentemente do trimestre a que diga respeito.