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Nota de Informação Estatística - Posição de investimento internacional - setembro de 2018

O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.18  do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas da posição de investimento internacional (PII) relativas a setembro de 2018.

No final do terceiro trimestre de 2018, a PII de Portugal situou-se em -205,4 mil milhões de euros, o que traduz uma variação negativa de 1,3 mil milhões de euros em relação ao final de 2017 (Gráfico 1). 

A variação da PII deveu-se, em grande medida, ao impacto negativo das variações de preço (-2,3 mil milhões de euros) e das variações cambiais (-1,5 mil milhões de euros).

No caso das variações de preço, o impacto negativo sobre a PII refletiu a valorização das ações de empresas residentes em Portugal detidas por não residentes e a desvalorização de ativos em carteira do Banco Central. No caso das variações cambiais, verificou-se a depreciação do kwanza, com impacto na redução do valor em euros dos ativos angolanos detidos por residentes.

As transações líquidas tiveram um contributo positivo para os ativos líquidos de Portugal face ao exterior em 0,9 mil milhões de euros, cujo detalhe pode ser consultado na Nota de Informação Estatística da Balança de pagamentos.

Devido ao aumento do PIB1 no período em análise, a PII em percentagem do PIB registou uma variação positiva, de -104,9 por cento no final de 2017 para -103,1 por cento no final do terceiro trimestre de 2018.

A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da PII excluindo, fundamentalmente, os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, atingiu, no final de setembro de 2018, 180,1 mil milhões de euros. Apesar do aumento nominal, registou-se uma redução da dívida externa líquida em percentagem do PIB de 1,3 pontos percentuais entre o final de 2017 e o final de setembro de 2018. A dívida externa líquida passou de 91,7 para 90,4 por cento naquele período, em resultado de um aumento do PIB que mais do que compensou o aumento nominal da dívida (Gráfico 2).

Próxima atualização: 20 fev. 2019


Nota

1 O valor nominal do PIB utilizado para o cálculo dos rácios corresponde ao divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Para o trimestre mais recente, caso este valor não esteja ainda disponível, é feita uma extrapolação do PIB nominal para esse trimestre com base na informação parcial divulgada pelo INE. Assim, a metodologia de cálculo tem em consideração o valor nominal do PIB do trimestre homólogo, a taxa de variação homóloga em volume divulgada pelo INE relativamente ao trimestre mais recente e o último valor da taxa de variação homóloga do deflator do PIB publicado pelo INE. No caso das séries relativas a posições, o valor nominal do PIB utilizado nos rácios corresponde ao valor acumulado dos últimos quatro trimestres, independentemente do trimestre a que diga respeito.