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Nota de Informação Estatística - Posição de investimento internacional - março de 2019

O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.18 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas da posição de investimento internacional (PII) relativas a março de 2019.

No final de março de 2019, a PII de Portugal situou-se em  -205,3 mil milhões de euros, o que traduz uma variação negativa de aproximadamente 2,1 mil milhões de euros em relação ao final de 2018 (Gráfico 1).

A variação da PII deveu-se ao impacto negativo das transações (-0,7 mil milhões de euros) e das variações de preço (-2,6 mil milhões de euros), que foi parcialmente compensado pelas variações cambiais (+0,5 mil milhões de euros) e pelos outros ajustamentos (+0,7 mil milhões de euros).

O detalhe das transações pode ser consultado na Nota de Informação Estatística da Balança de pagamentos.

As variações de preço tiveram um impacto negativo sobre a PII devido à valorização de passivos, nomeadamente de empresas residentes detidas por não residentes, e das obrigações de tesouro na carteira de não residentes. No caso das variações cambiais, verificou-se a apreciação do dólar, com impacto no aumento do valor em euros dos ativos denominados naquela divisa detidos por residentes.

No período em análise, a PII em percentagem do PIB1 registou uma variação negativa, de -100,8 por cento no final de 2018, para -101,1 por cento no final de março de 2019.  

A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da PII excluindo, fundamentalmente, os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, foi, em março de 2019, de 180 mil milhões de euros. Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida reduziu-se em 0,4 pontos percentuais entre o final de 2018 e o final de março de 2019. A dívida externa líquida passou de 89,0 para 88,6 por cento, uma vez que o aumento do PIB mais que compensou o aumento nominal da dívida (Gráfico 2).

Próxima atualização: 21 ago. 2019


Nota

1 O valor nominal do PIB utilizado para o cálculo dos rácios corresponde ao divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Para o trimestre mais recente, caso este valor não esteja ainda disponível, é feita uma extrapolação do PIB nominal para esse trimestre com base na informação parcial divulgada pelo INE. Assim, a metodologia de cálculo tem em consideração o valor nominal do PIB do trimestre homólogo, a taxa de variação homóloga em volume divulgada pelo INE relativamente ao trimestre mais recente e o último valor da taxa de variação homóloga do deflator do PIB publicado pelo INE. No caso das séries relativas a posições, o valor nominal do PIB utilizado nos rácios corresponde ao valor acumulado dos últimos quatro trimestres, independentemente do trimestre a que diga respeito.