Nota de Informação Estatística - Posição de investimento internacional - junho de 2020
O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.18 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas da posição de investimento internacional (PII) relativas a junho de 2020.

No final de junho de 2020, a PII de Portugal situou-se em -212,0 mil milhões de euros, o que traduz uma redução da posição negativa em aproximadamente 1,9 mil milhões de euros em relação ao final de 2019 (Gráfico 1).
Para a variação da PII contribuíram sobretudo as variações de preço (+6 mil milhões de euros) parcialmente compensadas pelas transações (-2,5 mil milhões de euros) e pelas variações cambiais (-1,4 mil milhões de euros).
O detalhe das transações pode ser consultado na Nota de Informação Estatística da Balança de pagamentos.
Relativamente às variações de preço, destaca-se, na componente de ativos, a valorização do ouro do Banco Central e, na componente de passivos, a desvalorização dos títulos de participação de capital detidos por não residentes.
No caso das variações cambiais, verificou-se a depreciação do real do Brasil, da libra esterlina e do kwanza com impacto na redução do valor em euros dos ativos detidos por residentes expressos nestas divisas.

No período em análise, a PII em percentagem do PIB1 registou uma variação negativa de 3,0 pontos percentuais, passando de -100,8 por cento no final de 2019, para -103,8 por cento em junho de 2020, devido, essencialmente, à redução do PIB.
A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da PII excluindo, fundamentalmente, os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, foi, em junho de 2020, de 181,5 mil milhões de euros. Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida aumentou 4,1 pontos percentuais entre o final de 2019 e junho de 2020. A dívida externa líquida passou de 84,7 para 88,8 por cento (Gráfico 2).
Próxima atualização: 18 nov. 2020
Nota
1 O valor nominal do PIB utilizado para o cálculo dos rácios corresponde ao divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Para o trimestre mais recente, caso este valor não esteja ainda disponível, é feita uma extrapolação do PIB nominal para esse trimestre com base na informação parcial divulgada pelo INE. Assim, a metodologia de cálculo tem em consideração o valor nominal do PIB do trimestre homólogo, a taxa de variação homóloga em volume divulgada pelo INE relativamente ao trimestre mais recente e o último valor da taxa de variação homóloga do deflator do PIB publicado pelo INE. No caso das séries relativas a posições, o valor nominal do PIB utilizado nos rácios corresponde ao valor acumulado dos últimos quatro trimestres, independentemente do trimestre a que diga respeito.