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Nota de Informação Estatística - Posição de investimento internacional - junho de 2019

O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.18 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas da posição de investimento internacional (PII) relativas a junho de 2019.

No final de junho de 2019, a PII de Portugal situou-se em -205,9 mil milhões de euros, o que traduz uma variação negativa de aproximadamente 2,7 mil milhões de euros em relação ao final de 2018 (Gráfico 1).

A variação da PII deveu-se ao impacto das transações (-2,2 mil milhões de euros) e das variações de preço (-1,1 mil milhões de euros), parcialmente compensado pelas variações cambiais (+0,1 mil milhões de euros) e pelos outros ajustamentos (+0,5 mil milhões de euros).

O detalhe das transações pode ser consultado na Nota de Informação Estatística da Balança de pagamentos.

No caso das variações de preço, o impacto negativo sobre a PII resulta, sobretudo, da valorização dos passivos, designadamente das obrigações de tesouro na carteira de não residentes, e da valorização das empresas residentes detidas por não residentes. Este efeito negativo foi atenuado pela valorização dos ativos, nomeadamente do ouro do Banco Central e dos títulos emitidos por não residentes detidos pelo setor financeiro. 

 

No período em análise, a PII em percentagem do PIB1 registou uma variação positiva, ao passar de -100,8 por cento no final de 2018, para -100,2 por cento no final de junho de 2019.    

A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da PII excluindo, fundamentalmente, os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, foi, em junho de 2019, de 179 mil milhões de euros. Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida reduziu-se em 1,7 pontos percentuais entre o final de 2018 e o final de junho de 2019. A dívida externa líquida passou de 89,0 para 87,3 por cento, em grande medida devido ao aumento do PIB (Gráfico 2).

As estatísticas compiladas pelo Banco de Portugal serão publicadas de acordo com a nova base no dia 10 de outubro de 2019 (informação adicional pode ser consultada aqui). 

Próxima atualização: 20 nov. 2019


Nota

1 O valor nominal do PIB utilizado para o cálculo dos rácios corresponde ao divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Para o trimestre mais recente, caso este valor não esteja ainda disponível, é feita uma extrapolação do PIB nominal para esse trimestre com base na informação parcial divulgada pelo INE. Assim, a metodologia de cálculo tem em consideração o valor nominal do PIB do trimestre homólogo, a taxa de variação homóloga em volume divulgada pelo INE relativamente ao trimestre mais recente e o último valor da taxa de variação homóloga do deflator do PIB publicado pelo INE. No caso das séries relativas a posições, o valor nominal do PIB utilizado nos rácios corresponde ao valor acumulado dos últimos quatro trimestres, independentemente do trimestre a que diga respeito.