Nota de Informação Estatística - Posição de investimento internacional - dezembro de 2020
O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.18 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas da posição de investimento internacional (PII) relativas a dezembro de 2020.

No final de 2020, a PII de Portugal situou-se em -213,3 mil milhões de euros, o que traduz uma redução da posição negativa em aproximadamente 1,6 mil milhões de euros em relação ao final de 2019 (Gráfico 1).
O detalhe das transações pode ser consultado na Nota de Informação Estatística da Balança de pagamentos.
A variação da PII resultou do contributo positivo das transações (+0,8 mil milhões de euros), das variações de preço (+3,3 mil milhões de euros) e outros ajustamentos (+1,8 mil milhões de euros), parcialmente compensados pelas variações cambiais (-4,3 mil milhões de euros).
As variações cambiais justificaram-se sobretudo pela depreciação do dólar americano, e ainda do real brasileiro e do kwanza, com impacto na redução do valor em euros dos ativos (capital) expressos nestas divisas detidos por residentes.
Relativamente às variações de preço, destaca-se, na componente de ativos, a valorização do ouro do Banco Central e, na componente de passivos, a desvalorização dos títulos de participação de capital, detidos por não residentes.
Os outros ajustamentos são justificados sobretudo pela dissolução de empresas residentes detidas por não residentes.

Apesar da redução nominal da posição negativa da PII, em percentagem do PIB1, observou-se um aumento dessa posição em 4,7 pontos percentuais, passando de -100,8 por cento no final de 2019, para -105,5 por cento no final de 2020. Esta variação resulta da redução do PIB.
A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da PII excluindo, fundamentalmente, os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, atingiu no final de 2020, de 176,8 mil milhões de euros. Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida aumentou 3,1 pontos percentuais entre o final de 2019 e 2020. A dívida externa líquida passou de 84,4 para 87,5 por cento do PIB (Gráfico 2).
Próxima atualização: 19 mai. 2021
Nota
1 O valor nominal do PIB utilizado para o cálculo dos rácios corresponde ao divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Para o trimestre mais recente, caso este valor não esteja ainda disponível, é feita uma extrapolação do PIB nominal para esse trimestre com base na informação parcial divulgada pelo INE. Assim, a metodologia de cálculo tem em consideração o valor nominal do PIB do trimestre homólogo, a taxa de variação homóloga em volume divulgada pelo INE relativamente ao trimestre mais recente e o último valor da taxa de variação homóloga do deflator do PIB publicado pelo INE. No caso das séries relativas a posições, o valor nominal do PIB utilizado nos rácios corresponde ao valor acumulado dos últimos quatro trimestres, independentemente do trimestre a que diga respeito.