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Nota de Informação Estatística - Posição de investimento internacional - dezembro de 2019

O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.18 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas da posição de investimento internacional (PII) relativas a dezembro de 2019. Os dados publicados incorporam revisões desde janeiro de 2016, de acordo com a política de revisões das estatísticas do Banco de Portugal.

 

No final de 2019, a PII de Portugal situou-se em -213,9 mil milhões de euros, o que traduz uma melhoria de aproximadamente 2,8 mil milhões de euros em relação ao final de 2018 (Gráfico 1).

Para a variação da PII contribuíram as transações (+2,4 mil milhões de euros) e os outros ajustamentos (+1,9 mil milhões de euros) os quais foram parcialmente compensados pelas variações de preço (-1,4 mil milhões de euros).

O detalhe das transações pode ser consultado na Nota de Informação Estatística da Balança de pagamentos.

Relativamente aos outros ajustamentos destaca-se o efeito da fusão de uma entidade residente com uma não residente e o encerramento de uma sucursal de uma entidade portuguesa no estrangeiro.

No caso das variações de preço, salienta-se a valorização das obrigações do tesouro na carteira de não residentes, na componente de passivos da posição de investimento internacional e a valorização dos ativos pelo aumento da cotação do ouro, na componente de ativos.

No período em análise, a PII em percentagem do PIB1 registou uma variação positiva de 5,1 pontos percentuais, passando de -106,3 por cento no final de 2018, para -101,2 por cento no final de 2019.  

A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da PII excluindo, fundamentalmente, os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, foi, em dezembro de 2019, de 179,8 mil milhões de euros. Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida reduziu-se em 4,4 pontos percentuais entre o final de 2018 e o final de 2019. A dívida externa líquida passou de 89,5 para 85,1 por cento (Gráfico 2).

Próxima atualização: 20 mai. 2020


Nota

1 O valor nominal do PIB utilizado para o cálculo dos rácios corresponde ao divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Para o trimestre mais recente, caso este valor não esteja ainda disponível, é feita uma extrapolação do PIB nominal para esse trimestre com base na informação parcial divulgada pelo INE. Assim, a metodologia de cálculo tem em consideração o valor nominal do PIB do trimestre homólogo, a taxa de variação homóloga em volume divulgada pelo INE relativamente ao trimestre mais recente e o último valor da taxa de variação homóloga do deflator do PIB publicado pelo INE. No caso das séries relativas a posições, o valor nominal do PIB utilizado nos rácios corresponde ao valor acumulado dos últimos quatro trimestres, independentemente do trimestre a que diga respeito.