Nota de Informação Estatística - Posição de investimento internacional - dezembro de 2018
O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.18 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas da posição de investimento internacional (PII) relativas a dezembro de 2018.
No final de dezembro de 2018, a PII de Portugal situou-se em -203,2 mil milhões de euros, o que traduz uma variação positiva de aproximadamente mil milhões de euros em relação ao final de 2017 (Gráfico 1).

A variação da PII deveu-se, em grande medida, ao impacto positivo combinado das transações (1,4 mil milhões de euros) e dos outros ajustamentos (1,6 mil milhões de euros), parcialmente compensado pelas variações cambiais (-1,3 mil milhões de euros) e pelas variações de preço (-0,9 mil milhões de euros).
O detalhe das transações pode ser consultado na Nota de Informação Estatística da Balança de pagamentos.
No caso das variações cambiais, verificou-se a depreciação do kwanza, com impacto na redução do valor em euros dos ativos angolanos detidos por residentes. No caso das variações de preço, o impacto negativo sobre a PII refletiu, principalmente, a venda de créditos de sociedades não financeiras a entidades não residentes por um valor inferior ao contratualizado.

No período em análise, a PII em percentagem do PIB1 registou uma variação positiva, de -104,9 por cento no final de 2017, para -101,3 por cento no final de dezembro de 2018.
A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da PII excluindo, fundamentalmente, os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, situou-se, em dezembro de 2018, em 179,5 mil milhões de euros. Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida reduziu-se em 2,2 pontos percentuais entre o final de 2017 e o final de 2018. A dívida externa líquida passou de 91,7 para 89,5 por cento, uma vez que o aumento do PIB mais que compensou o aumento nominal da dívida (Gráfico 2).
Próxima atualização: 21 mai. 2019
Nota
1 O valor nominal do PIB utilizado para o cálculo dos rácios corresponde ao divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Para o trimestre mais recente, caso este valor não esteja ainda disponível, é feita uma extrapolação do PIB nominal para esse trimestre com base na informação parcial divulgada pelo INE. Assim, a metodologia de cálculo tem em consideração o valor nominal do PIB do trimestre homólogo, a taxa de variação homóloga em volume divulgada pelo INE relativamente ao trimestre mais recente e o último valor da taxa de variação homóloga do deflator do PIB publicado pelo INE. No caso das séries relativas a posições, o valor nominal do PIB utilizado nos rácios corresponde ao valor acumulado dos últimos quatro trimestres, independentemente do trimestre a que diga respeito.