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Nota de Informação Estatística - Estatísticas das empresas da central de balanços - 2.º trimestre de 2019

O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.19 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas das empresas da central de balanços relativas ao segundo trimestre de 20191. As estatísticas publicadas incorporam revisões desde 2006, enquadradas no conjunto da revisão da mudança de base das contas nacionais, conforme Nota de Informação Estatística de 21 de agosto. Incorporam ainda a informação de base mais recente, em particular a Informação Empresarial Simplificada (IES) relativa ao ano de 2018.

No segundo trimestre de 2019, a rendibilidade do ativo (EBITDA2 / ativo) das empresas não financeiras situou-se em 7,7%, valor idêntico ao verificado no trimestre anterior mas inferior aos 7,9% registados no final de 2018. 

Em comparação com o final de 2018, a rendibilidade das empresas privadas decresceu nos setores das indústrias, da eletricidade, gás e água, do comércio e dos outros serviços. Os setores da construção, dos transportes e armazenagem e das sedes sociais apresentaram aumentos no mesmo período. As empresas públicas3 apresentaram uma redução da rendibilidade de 0,1 pp, para 5,4%. Por classe de dimensão, a rendibilidade das PME4 não se alterou, situando-se nos 6,8%, e a das grandes empresas diminuiu 0,7 pp, para 9,7%.

A autonomia financeira (capital próprio / ativo) fixou-se em 38,0%, o que corresponde a um aumento de 0,4 pp face ao final de 2018. Este aumento foi transversal à maioria dos setores de atividade económica com exceção dos setores da eletricidade, gás e água e das sedes sociais que apresentaram reduções de 0,1 e 0,4 pp, respetivamente. No setor da construção a autonomia financeira não se alterou. O peso dos financiamentos obtidos no ativo diminuiu 0,2 pp, para 33,8% no final do segundo trimestre do ano (Gráfico 1).

O custo do financiamento (gastos de financiamento / financiamentos obtidos) foi de 3,2%, valor inferior ao registado no trimestre homólogo (3,4%) e igual ao registado no final de 2018 (Gráfico 2). 

O rácio de cobertura dos gastos de financiamento (EBITDA / gastos de financiamento) situou-se em 7,1, o que corresponde a um aumento de 0,5 face ao período homólogo (Gráfico 2). As empresas públicas registaram uma redução de 0,6 neste indicador, o que se traduziu num maior nível de pressão financeira. As empresas privadas apresentaram uma redução do nível de pressão financeira para a generalidade dos setores de atividade, com exceção do setor das indústrias, que apresentou um aumento, e do comércio que não se alterou.

Próxima atualização: 17 jan. 2020


Notas

1 O cálculo dos indicadores trimestrais utiliza: (i) para as variáveis do balanço, valores médios do ano terminado no trimestre; (ii) para as variáveis da demonstração dos resultados, o valor do ano terminado no trimestre. Para o cálculo da estrutura do financiamento consideram-se valores em final de trimestre.

2 Resultado antes de depreciações e amortizações, gastos de financiamento e impostos.

3 Empresas públicas não incluídas no setor das administrações públicas.

4 Micro, pequenas e médias empresas.