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Nota de Informação Estatística - Estatísticas bancárias Internacionais em base consolidada - 3.º trimestre de 2018

O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.24 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas bancárias internacionais em base consolidada relativas ao terceiro trimestre de 2018.

Estas estatísticas apresentam duas perspetivas da exposição internacional dos bancos com sede em Portugal: i) ótica do risco imediato — exposição aos países de residência dos agentes com quem o banco celebrou o contrato diretamente e que têm a responsabilidade imediata perante o banco; ii) ótica do risco de última instância — exposição aos países de residência dos agentes que garantem o cumprimento do contrato em substituição da entidade com quem este foi celebrado, refletindo a existência de garantias prestadas por um terceiro interveniente.

No terceiro trimestre de 2018, os ativos financeiros internacionais dos bancos portugueses, na ótica do risco imediato, situavam-se em 74,1 mil milhões de euros, mais 0,7 mil milhões de euros relativamente ao segundo trimestre de 2018.

Na ótica do risco de última instância, no terceiro trimestre de 2018, os bancos portugueses detinham 76 mil milhões de euros de ativos financeiros internacionais, dos quais cerca de 83% localizavam-se na União Europeia. Em comparação com o trimestre anterior verificou-se um acréscimo de 1,1 mil milhões de euros.

A diferença entre as duas óticas do risco (1,9 mil milhões de euros) corresponde a uma transferência de risco líquida de Portugal para o exterior. Uma vez que os ativos financeiros internacionais, na ótica de risco de última instância são superiores aos na ótica de risco imediato, significa que existem ativos dos bancos sobre entidades residentes que são garantidos, em última instância, por entidades não residentes (Gráfico 1).

A exposição em risco de última instância a Estados-Membros da União Europeia e aos BRICS manteve-se superior à exposição em risco imediato (Gráfico 2).

Inversamente, no que respeita aos PALOP, os bancos portugueses apresentavam maior exposição em risco imediato do que em risco de última instância. Assim, parte dos ativos detidos pelos bancos portugueses sobre entidades residentes nos PALOP eram garantidos por entidades noutros países (Gráfico 2).

Próxima atualização: 8 abr. 2019