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Nota de Informação Estatística - Estatísticas bancárias Internacionais em base consolidada – 2.º trimestre de 2020

O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.24 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas bancárias internacionais em base consolidada relativas ao segundo trimestre de 2020.

Estas estatísticas apresentam duas perspetivas da exposição internacional dos bancos com sede em Portugal consoante a ótica da contraparte: i) imediata — exposição aos países de residência dos agentes com quem o banco celebrou o contrato diretamente e que têm a responsabilidade imediata perante o banco; 

ii) última contraparte — exposição aos países de residência dos agentes que garantem o cumprimento do contrato em substituição da entidade com quem este foi celebrado, refletindo a existência de garantias prestadas por um terceiro interveniente.

No final do segundo trimestre de 2020, a exposição imediata dos ativos financeiros dos bancos portugueses situava-se em 87,9 mil milhões de euros, representando uma subida de 3,5 mil milhões de euros relativamente ao verificado no final do primeiro trimestre do ano. 

A exposição em última instância dos bancos portugueses era de 88,7 mil milhões de euros de ativos financeiros, mais 3,4 mil milhões de euros face ao registado no primeiro trimestre de 2020. Cerca de 72% destes ativos localizavam-se na União Europeia, refletindo um aumento de 3,7 mil milhões de euros, (1 ponto percentual (pp)), relativamente ao último trimestre. 

A diferença entre a exposição de última instância e a imediata (no valor de 0,8 mil milhões de euros) corresponde a uma transferência de risco líquida de Portugal para o exterior. Uma vez que a exposição em última instância dos ativos financeiros é superior à exposição imediata, existem ativos dos bancos sobre entidades residentes em Portugal que são garantidos por entidades não residentes (Gráfico 1).

A exposição em última instância a Estados-Membros da União Europeia e aos BRICS manteve-se superior à exposição imediata (Gráfico 2).

Pelo contrário, perante os PALOP, os bancos portugueses apresentavam maior exposição imediata do que em última instância: parte dos ativos que estes detinham sobre entidades residentes nos PALOP eram garantidos por entidades residentes noutros países (Gráfico 2).

Próxima atualização: 13 jan. 2021