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Nota de Informação Estatística - Estatísticas bancárias Internacionais em base consolidada – 4.º trimestre de 2019

O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.24 do Boletim Estatístico e no BPstat, as estatísticas bancárias internacionais em base consolidada relativas ao quarto trimestre de 2019.

Estas estatísticas apresentam duas perspetivas da exposição internacional dos bancos com sede em Portugal consoante a ótica da contraparte: i) imediata — exposição aos países de residência dos agentes com quem o banco celebrou o contrato diretamente e que têm a responsabilidade imediata perante o banco; ii) última contraparte — exposição aos países de residência dos agentes que garantem o cumprimento do contrato em substituição da entidade com quem este foi celebrado, refletindo a existência de garantias prestadas por um terceiro interveniente.

No final do quarto trimestre de 2019, a exposição imediata dos ativos financeiros dos bancos portugueses situava-se em 82,9 mil milhões de euros, mais 6,6 mil milhões de euros relativamente ao final de 2018.

A exposição em última instância dos bancos portugueses era de 84 mil milhões de euros de ativos financeiros, o que representa um acréscimo de 6 mil milhões de euros relativamente ao quarto trimestre de 2018. Cerca de 74% destes ativos localizavam-se na União Europeia. 

A diferença entre a exposição de última instância e a imediata (no valor de mil milhões de euros) corresponde a uma transferência de risco líquida de Portugal para o exterior. Uma vez que a exposição em última instância dos ativos financeiros é superior à exposição imediata, existem ativos dos bancos sobre entidades residentes em Portugal que são garantidos por entidades não residentes (Gráfico 1).

A exposição em última instância a Estados-Membros da União Europeia e aos BRICS manteve-se superior à exposição imediata (Gráfico 2).

Pelo contrário, perante os PALOP, os bancos portugueses apresentavam maior exposição imediata do que em última instância: parte dos ativos que estes detinham sobre entidades residentes nos PALOP eram garantidos por entidades residentes noutros países (Gráfico 2).

Próxima atualização: 8 jul. 2020