Nota de Informação Estatística - Contas nacionais financeiras - 3.º trimestre de 2018
O Banco de Portugal publica hoje, no quadro A.6 do Boletim Estatístico e no BPstat, as contas nacionais financeiras relativas ao terceiro trimestre de 2018.

No ano acabado no terceiro trimestre de 2018, a capacidade de financiamento da economia portuguesa foi de 0,8 por cento do PIB (Gráfico 1). A capacidade de financiamento da economia refletiu a poupança financeira das sociedades financeiras, dos particulares e das administrações públicas (respetivamente de 2,0, 0,4 e 0,1 por cento do PIB). Esta poupança foi mais do que suficiente para satisfazer as necessidades de financiamento das sociedades não financeiras, que atingiram 1,7 por cento do PIB. De salientar que, pela primeira vez desde o início da série de contas financeiras (1995), as administrações públicas contribuíram positivamente para a capacidade de financiamento da economia portuguesa.
Os ativos financeiros líquidos das sociedades financeiras e das administrações públicas (6,5 e -105,1 por cento do PIB, respetivamente), apresentaram um aumento homólogo, nesta ordem, de 1,1 e 0,6 pontos percentuais (p. p.) do PIB, refletindo, para além da poupança financeira, as variações nos preços dos ativos financeiros e dos passivos. As sociedades não financeiras registaram uma variação dos ativos financeiros líquidos de -124,1 para -122,7 por cento do PIB, decorrente do efeito positivo da variação do PIB no rácio.
Os particulares foram o único setor a evidenciar uma redução dos ativos financeiros líquidos (-0,2 p.p. do PIB face ao período homólogo), fixando-se em 118,2 por cento do PIB, embora tal decréscimo tenha resultado do aumento do PIB.

No final do terceiro trimestre de 2018, a economia portuguesa tinha uma posição financeira líquida de -103,1 por cento do PIB (Gráfico 2), o que compara com -106,1 por cento do PIB registados no final do terceiro trimestre de 2017.
Próxima atualização: 11 abr. 2019
Notas
(1) Valores em percentagem do PIB do ano acabado no trimestre.
(2) Valores acumulados dos quatro últimos trimestres.
(3) Posições em fim de período.