Está aqui

NGFS publica relatório sobre a transparência dos mercados “verdes”

A Network of Central Banks and Supervisors for Greening the Financial System (NGFS) divulgou hoje um relatório sobre a transparência dos mercados que sustentam o financiamento “verde” e a transição para a neutralidade climática.

O documento aborda o papel crucial dos mercados financeiros na resposta às alterações climáticas e aos desafios ambientais. Recorrendo à experiência dos bancos centrais e dos supervisores financeiros, também sistematizada através de um inquérito realizado junto dos membros da NGFS, o relatório apresenta uma perspetiva abrangente sobre as práticas e os desafios identificados no financiamento da transição climática.

A análise foca três dimensões críticas para fortalecer a integridade dos mercados:

  1. As taxonomias, ou seja, os sistemas de classificação usados para identificar ativos, projetos e atividades em função das suas caraterísticas ambientais;
  2. Os mecanismos criados para a certificação e a verificação externas das credenciais “verdes” de ativos, projetos e atividades;
  3. A crescente gama de métricas, enquadramentos e produtos desenvolvidos para abordar a transição climática.

Embora não faça recomendações específicas, dada a diversidade das jurisdições à escala global, o documento destaca três aspetos transversais que são considerados relevantes para os decisores de política: aumentar a transparência em torno dos objetivos “verdes” e da transição climática; facilitar a comparabilidade e a interoperabilidade das taxonomias, dos enquadramentos e dos princípios; e intensificar os esforços para a divulgação e o reporte de informação “verde”.

O Banco de Portugal participou na equipa que elaborou o relatório. 

 

Sobre a NGFS

A NGFS é uma rede global de bancos centrais e autoridades de supervisão, criada em dezembro de 2017 para promover a gestão dos riscos ambientais no setor financeiro, em especial os riscos associados às alterações climáticas, e para apoiar a transição para uma economia mais sustentável, através da expansão do financiamento “verde". A rede conta atualmente com 114 membros e 18 observadores, de países que representam os cinco continentes e cerca de 85% das emissões globais de gases com efeito de estufa e que são responsáveis pela supervisão da totalidade dos bancos e de cerca de 80% das seguradoras com importância sistémica. 

O Banco de Portugal aderiu à NGFS em 2018, afirmando assim o seu compromisso em contribuir, no âmbito do seu mandato, para o esforço global de promoção dos objetivos ambientais e, em particular, de resposta às alterações climáticas.

A abordagem do Banco de Portugal à sustentabilidade está desenvolvida aqui.