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NGFS divulga documentos sobre investimento sustentável e responsável e sobre alterações climáticas e operações de política monetária
A Central Banks and Supervisors' Network for Greening the Financial System (NGFS) divulgou ontem dois documentos relacionados, respetivamente, com práticas de investimento sustentável e responsável pelos bancos centrais e com a relação entre as alterações climáticas e as operações de política monetária.
O primeiro documento, “Progress Report on the implementation of sustainable and responsible investment practices in central banks’ portfolio management” surge na sequência do “Sustainable and Responsible Investment Guide for Central Banks’ Portfolio Management”, divulgado em outubro de 2019, e descreve as ações desenvolvidas pelos bancos centrais ao longo do último ano em matéria de incorporação de princípios e práticas de investimento sustentável e responsável na gestão das carteiras próprias, das carteiras dos seus fundos de pensões, dos portfólios de política monetária ou ainda das carteiras sob gestão.
O segundo documento, intitulado “Survey on monetary policy operations and climate change: Key lessons for further analysis”, aprofunda a análise contida no relatório “Climate Change and Monetary Policy: Initial Takeaways”, divulgado em junho passado, em matéria de incorporação de riscos climáticos nas operações de política monetária. O relatório baseia-se na análise dos mandatos dos bancos centrais e nas respostas a um questionário destinado a avaliar em que medida estes consideram ajustar o quadro operacional da política monetária para contemplar os riscos climáticos. A NGFS conclui que, apesar das diferenças institucionais significativas, a maioria dos bancos centrais considera ter margem, no âmbito dos respetivos mandatos, para contemplar os riscos climáticos no quadro operacional da política monetária, embora as ações concretas sejam ainda limitadas.
A NGFS é uma rede global de bancos centrais e autoridades de supervisão, criada em dezembro de 2017 para promover a gestão dos riscos ambientais no setor financeiro, em especial os riscos associados às alterações climáticas, e para apoiar a transição no sentido de uma economia mais sustentável, através da expansão do "financiamento verde". A rede conta atualmente com 83 membros e 13 observadores, de países que representam os cinco continentes e cerca de 75% das emissões globais de gases com efeito de estufa, supervisionando a totalidade dos bancos e cerca de dois terços das seguradoras com importância sistémica.
O Banco de Portugal aderiu à NGFS em dezembro de 2018, afirmando assim o seu compromisso em contribuir, no âmbito do seu mandato, para o esforço global de promoção dos objetivos ambientais e, em particular, de resposta às alterações climáticas. O Banco participou na elaboração dos documentos hoje divulgados, tal como tem contribuído para todos os outros documentos técnicos que a rede vem produzindo.