Para atenuar o deficit orçamental do ano económico de 1841 - 1842, o Governo, munido da competente autorização, promove diligências para a obtenção dos fundos que carecia.
Surge assim a Companhia de Crédito Nacional, cujos estatutos são aprovados por Portaria de 31 de Dezembro de 1841 e que, pelo contrato aprovado pelo Decreto da mesma data se compromete a emprestar ao estado 6975 contos, parte em dinheiro, parte em títulos da dívida pública, comprometendo-se o Governo a entregar 6520 contos em Inscrições com o juro anual de 5%.
Segundo os Estatutos, o capital da Companhia seria de 2800 contos ou de 2400 se a direção considerasse este montante suficiente para satisfazer os compromissos assumidos.
O Banco de Lisboa, a fim de salvar a importância dos recibos de soldos que havia tomado, entra na Companhia com esses recibos, considerados pelo seu valor nominal, num total de 600 contos de réis.
A Companhia de Crédito Nacional, liquidada em 1844, ano em que, pelos seus estatutos, devia cessar a sua atividade, encerra as suas contas com lucros avultados.
A documentação proveniente desta Companhia, num total de 10 livros abrange todo o período da sua existência e reflete toda a sua atividade. À semelhança de outras Companhias subsidiadas pelo Banco de Lisboa, esta também funcionou nas suas instalações, já que o Banco de Lisboa era o seu maior acionista, e por esse motivo a sua documentação chegou até nós juntamente com a proveniente do Banco de Lisboa.