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Agência do Banco de Portugal em Portalegre

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Agência do Banco de Portugal em Portalegre

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/BP/BP-PORTALEGRE

Título

Agência do Banco de Portugal em Portalegre

Datas de produção

1888-07-01  a  1992-12-31 

Dimensão e suporte

Livros e Caixas ; Centímetros ; Papel

Extensões

0 Livro
0 Capilha

Entidade detentora

Banco de Portugal

História administrativa/biográfica/familiar

O contrato entre a Administração do Banco de Portugal e o Governo, celebrado em 10 de Dezembro de 1887, determinava que o Banco passava a deter o monopólio da emissão de nota no País e Ilhas Adjacentes em contrapartida da criação de agências bancárias em todas as capitais de distrito como forma de acreditar o papel-moeda em circulação, garantir a generalização do papel-moeda em circulação como meio de pagamento e representar o Estado localmente, sendo o seu agente pagador. Em 1 de Julho de 1888, o Banco estabeleceu em Portalegre uma agência provisória enquanto preparava a instalação da agência definitiva, facto que só veio a concretizar-se em 1 de Abril de 1891. Foram primeiros agentes António Alves de Sousa, antigo agente provisório e tesoureiro pagador do distrito e Joaquim Coelho de Sampaio, importante comerciante local que, juntamente com mais quatro funcionários formaram o primitivo quadro de pessoal da agência.Inserida numa zona essencialmente agrária, dedicada à cultura intensiva do trigo, na região de Portalegre abundavam também as indústrias transformadoras de moagem, de azeite, de lacticínios, corticeira e têxtil, e as extrativas, como a da madeira e a da extração de urânio. Mais tarde, surgiram com relevo as indústrias de fibras sintéticas, de borracha, de plástico e de calçado. O artesanato ganhou, desde a década de sessenta, projeção internacional.Com uma extensão bastante significativa entre povoados, a rede de correspondentes local foi um precioso auxílio na recolha de informações e na difusão das operações bancárias no distrito. Desde cedo, as praças financeiras de Alter do Chão, Arronches, Avis, Crato, Castelo de Vide, Elvas, Fronteira, Nisa e Monforte assumiram uma importância significativa. Devido à proximidade com a Espanha, as operações cambiais e as operações resultantes das transações com o país vizinho animavam o movimento da agência. Com a criação da agência concelhia de Elvas, em 1 de Abril de 1929, o movimento cambial na agência de Portalegre sofreu um rude golpe. A nível externo, as correspondências estabelecidas com Espanha e França asseguravam o mercado de câmbios que passava pela região. Em finais dos anos cinquenta, a escassez populacional que se fez sentir no distrito, motivada pelo facto de não beneficiar de nenhuma rota turística e pelos constantes maus anos agrícolas, favoreceram um fluxo migratório para a margem sul do Tejo. O movimento cambial já pouco significante, reduziam as ações da agência às tarefas do desconto de letras, às operações com o Tesouro Público e às transferências. Nos anos subsequentes a 1974, o período revolucionário que o País atravessou animaram o setor agrícola na região, rapidamente sanados pelos vários problemas de liquidez nos compromissos antes assumidos. Em 1978, contudo, com a descentralização dos serviços da Sede, a Agência ganhou quatro novas competências: a compensação de valores, o licenciamento de operações com o estrangeiro, a centralização de apontes e protestos e a bonificação de operações de crédito especiais. Na década de 90, com a nova reestruturação do Banco e das suas competências, optou-se pelo encerramento de algumas agências distritais, entre elas a agência de Portalegre. A Agência de Portalegre encerrou a 31 de Dezembro de 1992, por deliberação do Conselho de Administração tendo, algumas das suas responsabilidades, sido assumidas pela agência de Évora e Castelo Branco. O EdifícioProvisoriamente instalada no edifício do Governo Civil, ali se manteve a Agência até junho de 1898, data da mudança para um edifício próprio no Largo de Santiago, adquirido no início de 1897, e adaptado para esse efeito. Em 4 de Dezembro de 1910 o edifício sofreu um incêndio no 1º andar, onde habitava o agente Alves de Sousa e a sua família, causando prejuízos em algumas dependências da habitação. Entre 1968 e 1971 o edifício viria a sofrer obras de grande vulto, passando, desde então, a incluir um amplo primeiro andar com duas residências destinadas aos agentes.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência

Sistema de organização

Cronológico e alfabético

Idioma e escrita

Português, francês e inglês

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Notas

Documentação em fase de tratamento.