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Agência do Banco de Portugal em Vila Real

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Agência do Banco de Portugal em Vila Real

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/BP/BP-VILA REAL

Título

Agência do Banco de Portugal em Vila Real

Datas de produção

1888-01-01  a  2008-06-24 

Dimensão e suporte

Livros e Caixas ; Centímetros ; Papel

Extensões

0 Livro
0 Capilha

Entidade detentora

Banco de Portugal

História administrativa/biográfica/familiar

O contrato estabelecido entre o Governo e a Administração do Banco de Portugal, em 10 de Dezembro de 1887, estabelecia a concessão do monopólio de emissão de nota no País ao Banco. Como contrapartida, o Banco ficava obrigado à criação de agências em todas as capitais de distrito como forma de acreditar o papel-moeda em circulação mas também de representar o Estado nas regiões, enquanto seu agente pagador. Neste sentido, em 1 de Janeiro de 1888 foi estabelecida uma agência provisória em Vila Real, que se dedicava às operações do Tesouro. Somente em 2 de Novembro de 1893, com um quadro de pessoal composto por 5 elementos e dois agentes, agência em Vila Real iniciava operações. Foram seus primeiros agentes Diogo Luís de Aguiar, antigo tesoureiro pagador do distrito e que já cumpria funções de agente provisório, e Francisco Pereira Cabral, proprietário da região. À semelhança de outras agências distritais então criadas, a agência de Vila Real tinha como principais funções descontar letras, fazer empréstimos sobre penhores, realizar operações cambiais, abrir créditos em conta corrente e conceder suprimentos com garantia, efetuar transferências de fundos, receber numerário em conta corrente, realizar operações com o Tesouro e prestar informações sobre clientes da região.Inserida numa zona dominada pela atividade agrícola e viti-vinícola, e com uma orografia complexa, as deficientes comunicações que se fizeram sentir até meados da década de 70 do século XX foram colmatadas por uma importante rede de correspondentes locais que prestaram um precioso auxílio na recolha de informações e na difusão das operações bancárias no distrito. Desde cedo, as praças financeiras de Alijó, Chaves, Mesão Frio, Peso da Régua, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar assumiram uma importância significativa. Também as praças de Pedras Salgadas e Vidago, devido à importância das suas termas, e com carácter de sazonalidade foram, desde cedo, um importante polo de correspondência na região. Com a criação das agências concelhias de Lamego e Mirandela, as correspondências de Peso da Régua (1945) e Murça (1958) passaram a estar subordinadas a cada uma destas agências, respectivamente. A nível externo, a rede de correspondentes estabelecida em França e Inglaterra foi importante para facilitar as transações comerciais com estes locais, mas também como meio de facilitação nas remessas de emigrantes da região. Com o desenrolar dos anos, a indústria, ainda que ténue na região, e os serviços, dominados pela atividade termal e a hotelaria, começaram a assumir alguma importância na região e o final dos anos 50 do século XX trouxeram consigo algum desenvolvimento nas operações da agência. Ao longo dos seus 115 anos de existência, as funções da Agência foram sofrendo alterações, fruto da evolução do Banco de Portugal e do próprio sistema bancário. A partir de 1975, com a promulgação da nova Lei Orgânica do Banco de Portugal, o desconto direto ao público deixa de ser praticado, as contas de depósitos à ordem de clientes são transferidas para a banca comercial e a rede de correspondentes é extinta.Na década de 90, com a nova reestruturação do Banco e das suas competências, optou-se pelo encerramento de algumas agências distritais, entre elas a agência de Vila Real. A Agência cessou as suas funções em 31 de Maio de 2008, 114 anos após a sua abertura, tendo o edifício sido adquirido pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, em 2009.O EdifícioOs serviços da Agência ficaram inicialmente instalados no edifício do Governo Civil, mas face à desadequação do espaço e à iminência de o Município o reclamar, para aí instalar os seus próprios serviços, o Banco procurou adquirir um terreno para a construção de um edifício próprio.Assim, em 1910, o Banco arrematava em hasta pública um edifício denominado “Casa da Cruz” pertencente ao casal inventariado da Condessa da Azambuja, na antiga Rua de São João, Freguesia de São Pedro.Em 1911 é aprovado o projeto da autoria do arquiteto Adães Bermudes, nome já ligado a outros edifícios do Banco. No ano seguinte procede-se à demolição dos prédios aí existentes e iniciaram-se as obras de construção. A partir de Outubro de 1913 e durante a construção do novo edifício, a Agência funcionou num prédio arrendado na mesma rua. Em Setembro de 1923 o novo edifício, situado no Largo Visconde Almeida Garret, é ocupado, pese embora as obras só tivessem ficado totalmente concluídas em 1924.Em 1995, o edifício sofreu profundas obras de remodelação que foram confiadas ao arquiteto Armando Ulisses Sales Esteves. Nesta obra foi incluída a reconversão do seu edifício anexo no edifício principal da agência.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência

Sistema de organização

Cronológico, alfabético e numérico

Idioma e escrita

Português e francês

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Notas

Documentação em fase de tratamento.