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Agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz

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Agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/BP/BP-FIGUEIRA DA FOZ

Código de referência Nyron

BP-Figueira da Foz

Título

Agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz

Datas de produção

1919-06-02  a  1977-07-06 

Dimensão e suporte

194 ; Papel

Entidade detentora

Banco de Portugal

História administrativa/biográfica/familiar

Foi decisão do Conselho Geral do Banco de Portugal que a Correspondência existente na Figueira da Foz levasse nova orientação, e nela se estabelecesse uma Correspondência Privativa dirigida por um empregado do Banco. Dois fatores terão influenciado tal decisão: os apreciáveis valores apurados nas operações comerciais realizadas até então no distrito e, a sua potencialidade como centro comercial e industrial de futuro. No dia 2 de Junho de 1919, a Correspondência Privativa abriu as suas portas dirigida por José Nicolau Santos Fonseca, ex-agente em Évora, coadjuvado por dois outros empregados. Por decisão do mesmo Conselho, a Correspondência Privativa foi elevada à categoria de Agência, no dia 1 de Julho de 1921, ficando sob a orientação de Augusto Cândido Madureira e Ernesto Gabriel de Melo. A Agência da Figueira abarcava uma zona agrícola, onde predominava a orizicultura e zonas de indústrias extrativas e transformadoras bem como a indústria naval (prometedora), a indústria hoteleira e a de turismo. Igualmente relevante era o papel do comércio na cidade, dependendo contudo, dos resultados obtidos pelos outros sectores, pois fornecendo maioritariamente a crédito, ele próprio necessitava de um financiamento crescente para investir em novos stocks de mercadoria. O serviço externo da Agência era executado por uma rede de correspondentes no país domiciliados em Abrunheira, Arazede, Lavos, Louriçal, Marinha das Ondas, Montemor-o-Velho, Paião, Tocha e Vinha da Rainha. Competia-lhes recolher informações sobre clientes, proceder a operações de desconto previamente autorizadas, cobrança de letras e transferências de numerário recebido para os cofres da Agência. Tinham que preencher e enviar mapas periódicos à Agência de que dependiam dando conta do seu movimento bancário. As principais tarefas da Agência eram excluídas as operações com o Tesouro, que lhe estavam vedadas, entre outras: desconto de letras, efetuava operações cambiais, empréstimos sob penhores, transferências de fundos, receber depósitos à ordem e prestava informações. Desvinculada da Agência de Coimbra a partir de 1924, passou a depender da Sede de onde recebia grande parte do numerário que utilizava e para onde remetia minuciosos mapas e relatórios periódicos relatando as operações em curso. Estava ainda sujeita a inspeções regulares. Desde a abertura até ao seu encerramento as principais dificuldades da Agência foram: contenção ao investimento, através de baixas dotações de capital, rigidez nos parâmetros de seleção de papel de crédito e na exigência de elevadas percentagens nas amortizações do desconto; menores condições concorrenciais para captação de depósitos bancários, agravadas desde o início da década de 60, e ainda o desequilíbrio económico que ocorreu na praça comercial após a falência da casa bancária "Costa & Cia." em 1953. Com a nacionalização da banca em 1975 e, especialmente em 1976, verificou-se uma quebra no volume das operações de desconto, decorrente de uma retração a todo o tipo de operações novas. Por determinação superior o serviço da Agência limitou-se à regularização das letras em carteira nos seus vencimentos, com reembolsos menores que o normal e a poucas operações novas, sujeitas à liquidação integral das anteriores, quando as houvesse. Realizaram-se reformas por inteiro, cresceram as contas separadas e caiu o volume dos depósitos. O Banco Central, de acordo com as novas funções consignadas na Lei Orgânica, deixou de praticar o desconto direto ao público. A aplicação das novas diretrizes ocasionou um esvaziamento de funções das Agências, com maior relevância nas concelhias, o que levou o Conselho de Administração a determinar o seu encerramento e a proceder à rescisão dos contratos com os correspondentes a partir de 1976. A Agência encerra os serviços em 31de Maio de 1977. EDÍFIO A Agência esteve primitivamente instalada num prédio arrendado, sito no Largo Luís de Camões. Em 1961, mudou-se para outro imóvel, também arrendado situado na Praça General Freire de Andrade. Sofreu obras de remodelação sob a diretriz do arquiteto João José Sousa Araújo e, em 1962 é inaugurado o novo espaço.

Existência e localização de cópias

Nenhuma

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