Leitão & Castilho, Lda.
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/BP/LC
Título
Leitão & Castilho, Lda.
Datas de produção
1895-01-05
a
1925-08-27
Dimensão e suporte
59 Livros e 14 Caixas ; 274,5 Centímetros ; Papel
Entidade detentora
Banco de Portugal
História administrativa/biográfica/familiar
A firma Leitão & Castilho, Lda. nasceu da reestruturação do pacto social e do consequente aumento de capital da firma Félix, Leitão & Castilho, Lda. A sociedade Félix, Leitão & Castilho, Lda. foi constituída em 30 de Abril de 1921, por escritura pública registada nas notas do notário José Peres de Noronha Galvão, como sociedade por quotas, com o capital social de 45.000 escudos. Esta sociedade foi o resultado do desenvolvimento comercial da primitiva firma Félix Ribeiro & Castilho, Lda. Faziam parte da estrutura societária da Félix, Leitão e Castilho, Lda. José Félix Ribeiro, Alberto Eugénio de Carvalho Leitão e João António Castilho, cada um com uma quota igual de 15.000 escudos. O ramo de atividade da sociedade era a confeção e venda de roupas e fazendas. A sede social da firma esteve provisoriamente situada no nº 88 da Rua da Madalena, em Lisboa, tendo sido transferida, em princípios de 1922, para a R. do Arco do Marquês de Alegrete, nº 92 - 2º andar. Com a necessidade de capital para o desenvolvimento da atividade, em 04 de Janeiro de 1922, decidiu-se pelo aumento do capital social para 120.000 escudos e a admissão de um novo sócio: Isidro Lopes, que detinha uma quota de 75.000 escudos.A 16 de Novembro de 1922, a necessidade de reforço do capital social, a paralisação dos negócios na praça de Lisboa e o aumento do custo de vida, fizeram com que o sócio José Félix colocasse a sua quota à disposição dos restantes sócios, tendo sido adquirida pelo sócio Isidro Lopes, que reforçava a sua posição na firma ao ficar a deter uma quota de 90.000 escudos. Desta reformulação societária, em 08 de Fevereiro de 1923, o pacto social é alterado, por escritura pública efetuada nas notas de José Peres Noronha Galvão, sendo o capital social da firma elevado para 150.000 escudos e tendo a estrutura societária sido fortalecida com a entrada de um novo sócio: Adrião Morais David, com 20.000 escudos. Também as quotas dos sócios Alberto Leitão e João Castilho foram elevadas a 20.000 escudos, cada um. Nasceu assim a Leitão & Castilho, Lda., uma nova sociedade por quotas que dava seguimento à atividade da Félix, Leitão & Castilho, Lda., estando o seu capital elevado pelos antigos sócios e fortalecido pela entrada de novo capital social representado por Adrião Morais David.Em Assembleia Geral de 21 de Janeiro de 1924, foi decidida a elevação do capital social da firma a 500.000 escudos. Contudo, em 01 de Março de 1924, somente estava realizado o capital social de 200.000 escudos subscrito com a entrada de novos sócios, ficando o capital assim distribuído: Isidro Lopes, 13.000 escudos, Adrião Morais David, 65.000 escudos, Maria Adélia Salgado, 20.000 escudos, Alberto de Barros Castro, 30.000 escudos, Gabriel Correia Valério, 20.000 escudos, António Augusto Rodrigues, 20.000 escudos, Beatriz Aragão Vitor, 20.000 escudos e Artur Fuschini, 12.000 escudos. Os 150.000 escudos necessários para atingir os 350.000 escudos deveriam ser subscritos pelos antigos sócios Alberto Leitão e João Castilho, que asseguravam a gerência da sociedade, conjuntamente com o sócio Adrião David. Contudo, tal não veio a suceder e, em 31 de Dezembro de 1924, o capital social de 350.000 escudos encontrava-se totalmente subscrito e distribuído da seguinte forma: Isidro Lopes, 103.000 escudos, Alberto Eugénio Carvalho Leitão, 20.000 escudos, João António Castilho, 20.000 escudos, Adrião Morais David, 85.000 escudos, Alberto de Barros Castro, 30.000 escudos, Gabriel Correia Valério, 20.000 escudos, António Augusto Rodrigues, 20.000 escudos, Maria Adélia Salgado, 20.000 escudos, Beatriz de Aragão Vitor, 20.000 escudos e Artur Fuschini, 12.000 escudos. Em 15 de Fevereiro de 1925, após um ano fiscal de prejuízo, a paralisação do negócio era crescente e optou-se pela liquidação da firma. O sócio Isidro Lopes auxiliou os gerentes no encerramento da atividade, no trespasse do armazém e na venda das mercadorias existentes. Para a recuperação dos créditos da firma, foi contratado um solicitador que representou a firma junto dos clientes. Deste trespasse, onde outrora estivera localizada a Leitão & Castilho, Lda., nasceu a Castilho, Sequeira & Coutinho, Lda.O envolvimento da Leitão & Castilho, Lda. e da Castilho, Sequeira & Coutinho, Lda. no denominado processo "Angola e Metrópole" deve-se a financiamentos e operações de desconto das firmas e dos seus sócios no Banco de Angola e Metrópole, mas também ao envolvimento existente com a firma Alves Reis, Lda., da qual era sócio maioritário o famoso burlão Artur Virgílio Alves Reis.
História custodial e arquivística
Documentação proveniente do denominado "Processo Angola e Metrópole", que envolveu o Banco de Angola e Metrópole, o burlão Artur Virgílio Alves Reis e os seus cúmplices. Por força dos processos cível e crime movidos contra os vários intervenientes, e a consequente liquidação do Banco de Angola e Metrópole, a documentação do banco e das diversas empresas detidas e geridas por Alves Reis foi arrolada como matéria de prova. Pela extinção da Comissão Liquidatária, e a promulgação do Decreto nº 20201, de 12 de Agosto de 1931, todas as operações e demais situações pendentes de liquidação foram transferidas para o Banco de Portugal, passando a documentação do Banco de Angola e Metrópole, das empresas satélites deste e a documentação produzida pela Comissão Liquidatária a integrar o espólio documental do Banco de Portugal.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Incorporação
Sistema de organização
Cronológico, numérico e alfabético
Idioma e escrita
Português e inglês
Existência e localização de cópias
Nenhuma