Arquivo Histórico
PT | EN

Sociedade Comercial e Agrícola de Calumbo, Lda.

Ações disponíveis

Ações disponíveis ao leitor

Consultar no telemóvel

Código QR do registo

Partilhar

 

Sociedade Comercial e Agrícola de Calumbo, Lda.

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/BP/SCAC

Título

Sociedade Comercial e Agrícola de Calumbo, Lda.

Datas de produção

1920-01-01  a  1925-12-08 

Dimensão e suporte

2 Livro e 6 Caixas ; 69,5 Centímetros ; Papel

Entidade detentora

Banco de Portugal

História administrativa/biográfica/familiar

Sobre a Sociedade Comercial e Agrícola de Calumbo, Lda. sabemos que a firma foi constituída sob uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada que tinha 900.000 Escudos de capital social. A sede da sociedade esteve inicialmente localizada, na Rua Direita, em Luanda, tendo sido posteriormente transferida para a Rua Pereira Forjaz, dessa mesma cidade. No 2º andar do nº 87 da Rua do Ouro, em Lisboa, onde outrora estivera localizada a sede da firma Henriques, Azevedo & Batista, Lda., a firma possuía escritórios de representação e, em Calumbo (Angola), explorava a Fazenda Portugal. As origens da Sociedade de Calumbo remontam, por um lado, à firma Henriques, Azevedo & Batista, Lda., com sede em Lisboa e sucursal em Luanda, e aos seus acionistas Aurélio Henriques, Paulo Cayatte e Joaquim Batista. Por outro lado, a sociedade encontra-se intimamente ligada à firma Pinheiro, Frazão & Comandita, de Calumbo, de quem é diretamente sucessora. Desconhecemos detalhes sobre a data de constituição da firma Henriques, Azevedo & Batista, Lda. Contudo, sabemos que a firma é sucessora das antigas casas António F. Batista, do Porto, e de Henriques & Azevedo, de Luanda. Era seu objeto social o negócio de importação e exportação do comércio geral, de bens agrícolas e industriais. Em 30 de Maio de 1923, nas notas de Simões Raposo, de Luanda, foi constituída a sociedade em comandita simples com a designação de Pinheiro, Frazão & Comandita, com sede em Calumbo, por extinção da firma Costa, Pinheiro & Magalhães, Limitada. Da estrutura societária desta nova sociedade faziam parte Manuel Pinheiro, Abílio Frazão, Rui Gomes de Abreu Lima e a firma Henriques, Azevedo & Batista, Lda. Esta nova sociedade tinha por missão, a exploração de todos os ramos de comércio e a industria agrícola e pecuária. A Pinheiro, Frazão & Comandita tinha a seu cargo a exploração agrícola da Fazenda Portugal, em Calumbo. Em 30 de Junho de 1924 foi constituída a Sociedade Comercial e Agrícola de Calumbo, Lda., por extinção da firma Pinheiro, Frazão & Comandita. Da estrutura societária inicial faziam parte alguns dos sócios da Henriques, Azevedo & Batista, Lda. A Sociedade de Calumbo tinha como missão a exploração da Fazenda Portugal, bem como a importação e exportação do comércio geral e de bens agrícolas. Em meados de 1925, a Sociedade de Calumbo dedicava-se exclusivamente à exploração da sua fazenda e a sua estrutura societária era somente composta pelos sócios Paulo Cayatte, Joaquim Batista e Amílcar Carreira.Em Novembro de 1925, estando a Sociedade de Calumbo a passar por graves dificuldades financeiras, é solicitado pelos sócios gerentes um financiamento ao Banco de Angola e Metrópole. Do negócio concretizado, o Banco toma conta da sociedade. À frente da sociedade, em Luanda, ficou um homem da confiança de Alves Reis: Francisco Novais, antigo gerente da Empresa Agrícola e Industrial de Moçâmedes, antigo gerente da Alves Reis, Lda., em Moçâmedes, e também ele, agora, gerente da filial de Luanda do Banco de Angola e Metrópole. Desta forma, a Sociedade foi também envolvida no denominado "Processo Angola e Metrópole", que envolveu o Banco de Angola e Metrópole, o burlão Artur Virgílio Alves Reis e os seus cúmplices, tendo sido naturalmente liquidada com o processo de extinção do banco.

História custodial e arquivística

Documentação proveniente do denominado "Processo Angola e Metrópole", que envolveu o Banco de Angola e Metrópole, o burlão Artur Virgílio Alves Reis e os seus cúmplices. Por força do processo cível movido contra eles, e a consequente liquidação do Banco de Angola e Metrópole, a documentação das diversas empresas detidas e geridas por Alves Reis foi arrolada como prova. Pela extinção do processo liquidatário, regulada pelo Decreto nº 20201, de 12 de Agosto de 1931, todas as operações e demais situações pendentes de liquidação foram transferidas para o Banco de Portugal, passando a documentação do Banco de Angola e Metrópole, das empresas satélites deste e a documentação produzida pela Comissão Liquidatária a integrar o espólio documental do Banco de Portugal.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Incorporação

Sistema de organização

Cronológico

Idioma e escrita

Português

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

PT/BP/AREIS - Alves Reis, Lda.; PT/BP/BAM - Banco de Angola e Metrópole;