Agência do Banco de Portugal em Elvas
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/BP/BP-ELVAS
Código de referência Nyron
BP-Elvas
Título
Agência do Banco de Portugal em Elvas
Datas de produção
1923-11-01
a
1977-09-02
Dimensão e suporte
129 ; Papel
Entidade detentora
Banco de Portugal
História administrativa/biográfica/familiar
Tendo em conta os elevados valores obtidos nas operações de desconto, foi deliberado em reunião do Conselho Geral do Banco de 22 de Novembro de 1922, elevar a correspondência de Elvas à categoria de Correspondência Privativa. A 1 de Novembro de 1923, segundo as determinações do Conselho Geral, abriu a nova Correspondência Privativa as suas portas ao público. A dirigi-la encontrava-se Tomás d'Aquino Pereira, coadjuvado por 3 empregados de carteira e um contínuo cobrador, tendo-lhe sido atribuída nesse ano uma dotação de 120 contos para operações de desconto. A Correspondência situava-se numa região agrária, onde predominava o grande latifúndio cerealífero e as indústrias transformadoras atingiam valores consideráveis; não era também de desprezar a pecuária e o comércio fronteiriço com a Espanha. A zona de atuação da Correspondência circunscrevia-se ao concelho de Elvas, zona de grandes fortunas mas de escasso capital, ao concelho de Campo Maior, onde existiam indústrias, curtumes e lãs e às freguesias hortícolas de Barbacena, Santa Eulália e Vila Boim. A 1 de Abril de 1929, a Correspondência foi elevada à categoria de Agência, sendo a gerência assumida pelo anterior correspondente e por José Nunes Tierno da Silva. Desvinculada da Agência de Portalegre a partir de 1924, passou a depender da Sede, de onde recebia grande parte do numerário que utilizava e, para onde remetia mapas e relatórios periódicos, minuciosos, relatando as operações em curso. O serviço externo da Agência era executado por uma rede de correspondentes no país, que se localizavam em Campo Maior (1931/1976), Vila Boim (1945/1976), Santa Eulália (1945/1976) e Terrugem (1948/1975). Tinha esta rede por principais tarefas, recolher informações sobre clientes, proceder a operações de desconto previamente autorizadas, à cobrança de letras e à transferência do numerário recebido para os cofres da Agência. Também os correspondentes tinham que preencher e enviar mapas periódicos à Agência da qual dependiam, dando conta do seu movimento bancário. Excluídas as operações com o Tesouro, que lhe estavam vedadas, a Agência desempenhava, entre outras, as seguintes funções: desconto de letras, efetuava operações cambiais, empréstimos sob penhores, transferências de fundos, aceitava depósitos à ordem e, prestava informações. Era submetida regularmente a visitas de inspeção para conferência e verificação de saldos e valores existentes em Caixa. Desde a abertura como Correspondência até ao seu encerramento como Agência, verifica-se que algumas das mais persistentes dificuldades foram: contenção ao investimento, traduzida na baixa dotação de capital, na rigidez dos parâmetros de seleção de papel de crédito e na exigência de elevada percentagem nas amortizações do desconto, menores condições concorrenciais para captação de depósitos bancários e um grande afluxo de numerário em escudos e em pesetas. Desde 1974, com maior relevância a partir da nacionalização da banca em 1975, verificou-se uma quebra no volume e no valor das operações de desconto, decorrente de uma retração a todo o tipo de operações novas. Por determinação superior, o movimento da Agência limitou-se à regularização das letras em carteira nos seus vencimentos, com reembolsos menores que o normal e a poucas operações novas, sujeitas à liquidação integral das anteriores, quando as houvesse. Realizaram-se reformas por inteiro, cresceram as contas separadas e caiu o volume dos depósitos. O Banco de Portugal, de acordo com as novas funções estipuladas pela Lei Orgânica, deixa de praticar o desconto direto ao público e assiste-se a um esvaziamento dos serviços das Agências com maior relevância nas concelhias. Estudada e analisada a situação, o Conselho de Administração decidiu o encerramento das Agências Concelhias e a rescisão dos contratos que ainda vigorassem com os respetivos correspondentes. No que respeita à Agência de Elvas a rede de correspondentes extinguiu-se no 2º semestre de 1976 e a Agência encerra ao público em 15 de Junho de 1977. Edifício A agência esteve primitivamente instalada na Rua da Olivença, nº 12 – A. Em 1933, mudou de instalações para um rés-do-chão alugado, na Rua da Cadeia. Em 1935 o Banco aluga novo prédio, para os seus serviços na Praça da República. Em 1943 tomou de arrendamento um novo imóvel contíguo ao antecedente e, em 1964 procedeu à compra destes dois imóveis.
Existência e localização de cópias
Nenhuma