Coleção fotográfica da Agência do Banco de Portugal em Viana do Castelo
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BP/COLFOT/VIANA DO CASTELO
Tipo de título
Atribuído
Título
Coleção fotográfica da Agência do Banco de Portugal em Viana do Castelo
Datas de produção
1973-05
a
1973-05
História administrativa/biográfica/familiar
A partir de 1875 o Banco de Portugal começou a criar a sua rede de agências. Espalhando-se pelo país fora, estas cumpriam não só a função de alargar a circulação e reconhecimento das notas do Banco, mas também a de uniformizar e descer as taxas de juro, combatendo a usura e prestando um valioso serviço à economia local. Em 10 de dezembro de 1887 é celebrado um contrato entre o Governo e o Banco, através do qual este ganha a exclusividade de emissão de notas, e a obrigação de estabelecer caixas filiais ou agências em todas as capitais de distrito, assumindo o papel de banqueiro do Estado e Caixa Geral do Tesouro. No primeiro quartel do séc. XX o Banco empreendeu um esforço de reedificação da rede de agências, com a construção de 17 novos edifícios. Para estes projetos o Banco escolheu sempre a localização nas vias mais centrais da vida económica e social das localidades, e entregou a sua autoria, em grande parte, a nomes de vulto da arquitetura portuguesa.Em 1 de janeiro de 1888 é instalada a Agência Provisória de Viana do Castelo com os agentes Damião Paulo Brito de Amorim e Joaquim Lopes Guimarães. Num distrito em que a atividade económica era grandemente sustentada pelas indústrias da serração de madeira, construção naval, pesca e secagem do bacalhau, conservas e extração de volfrâmio, o desconto era a principal função da Agência, disponibilizando as verbas essenciais para o investimento nestas atividades.O EdifícioA Agência começou por funcionar na Rua de S. Sebastião, num edifício adquirido pelo Banco em 1890 e posteriormente adaptado. Em 1926, o Banco adquire um novo edifício na Praça da República para o qual, em 1932, foi elaborado um primeiro projeto de adaptação. No entanto, as primeiras instâncias das obras revelaram que o mau estado de conservação do edifício levaria a que estas se previssem mais dispendiosas e com resultados menos satisfatórios, pelo que se optou pela sua suspensão. Em janeiro de 1933 a Câmara Municipal daquela cidade apresentou ao Banco a proposta de lhe ceder um terreno na Avenida dos Combatentes, bem como a pedra necessária das pedreiras municipais, para que aí se construísse o novo edifício, com o benefício de ir enriquecer essa nova zona da cidade. Após avaliada a proposta, o Banco optou por recusar a hipótese de se instalar numa zona mais periférica, e retomou a intenção de reconstrução do edifício da Praça das República. Contudo, as dificuldades de diálogo com a Câmara na obtenção das licenças necessárias para a obra, levaram a que este intuito se atrasasse por bastante tempo.Finalmente, em 22 de setembro de 1958, o edifício da Praça da República foi inaugurado, e aí funcionaram os serviços da Agência até ao seu encerramento em 1992.