Arquivo Histórico
PT | EN

Agência do Banco de Portugal nas Caldas da Rainha

Ações disponíveis

Ações disponíveis ao leitor

Consultar no telemóvel

Código QR do registo

Partilhar

 

Agência do Banco de Portugal nas Caldas da Rainha

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/BP/BP-CALDAS DA RAINHA

Código de referência Nyron

BP-Caldas da Rainha

Título

Agência do Banco de Portugal nas Caldas da Rainha

Datas de produção

1932-10-24  a  1989-11-03 

Dimensão e suporte

150 ; Papel

Entidade detentora

Banco de Portugal

História administrativa/biográfica/familiar

Funcionando como correspondência ordinária ligada à Agência de Leiria, Caldas da Rainha desde cedo se destacou pelo elevado volume do desconto que praticava. Com o encerramento da correspondência privativa de Torres Vedras (27 de Setembro de 1932) o Conselho Geral propõe que Caldas da Rainha passasse a funcionar com um empregado do Banco. De facto, em 1 de Novembro de 1932, tendo à sua frente Manuel Joaquim Camacho Palma (anterior correspondente de Torres Vedras), Caldas da Rainha inicia a atividade como correspondência. Em 1933, com uma dotação de 50 contos, o Conselho de Administração deliberou que a correspondência podia efetuar sem prévia autorização de Leiria, operações de letras até aquele limite, sob certos condicionalismos, sendo a contabilização realizada através de Leiria. Em 9 de Março de 1945 é proposto pelo Conselho Geral a passagem da praça de Caldas da Rainha a agência, o que se efetivou em 2 de Abril do mesmo ano. Os agentes nomeados para a dirigirem são o anterior correspondente Manuel Joaquim Camacho Palma e Alberto Carvalho da Silva Basto. As Caldas da Rainha encontram-se inseridas numa zona bastante fértil de pequena propriedade, produzindo cereais, vinha, produtos hortícolas e fruta de excelente qualidade. Tinha um comércio retalhista de certo vulto, uma indústria fraca com exceção das conservas de Peniche, riqueza em águas termais, com enormes potencialidades para o desenvolvimento do turismo. Situada numa região de argilas, merecem referência as suas famosas cerâmicas conhecidas vulgarmente por "Loiça das Caldas" variando entre a produção artesanal e o nível industrial. A rede de correspondentes no País nomeados pelo Conselho de Administração mas sob proposta da Agência, prestava-lhe apoio na obtenção de informações e no desconto de letras, entre outras tarefas. Encontravam-se dependendo diretamente desta, para a qual enviavam com regularidade as remessas de numerário efetuadas nas operações de desconto e a escrituração das contas. A rede de correspondentes englobava as localidades de Benedita, Bombarral, Cadaval, Lourinhã, Óbidos, Peniche, Rio Maior, Reguengo Grande, São João da Ribeira e São Mamede. As principais tarefas da Agência eram entre outras, descontar letras; efetuar operações cambiais; emprestar sobre penhores; realizar operações de transferência de fundos e, receber depósitos à ordem de particulares. Estava-lhe contudo vedado realizar operações com o Tesouro, sendo submetida regularmente a visitas de inspeção estipuladas pela Sede, para conferência e verificação de saldos e dos valores existentes em Caixa. Devia elaborar e enviar à Sede o balanço anual, com desenvolvimento dos saldos, acompanhado de relatório. Os principais problemas com que a Agência se deparou ao longo da sua existência podem resumir-se a: exiguidade na concessão dos limites de crédito, decréscimo no volume de transações no final da 2ª Guerra (retração pós-conflito e saída de grande número de refugiados que animavam a região), concorrência de várias casas bancárias que cobravam prémios de transferência a taxas bastante baixas, captavam as remessas dos emigrantes e que ofereciam vantagens no desconto de letras, decréscimo de cambiais e, após 1974, aumento de seletividade a nível da concessão do desconto. Depois de 1974, e com a nacionalização da Banca em 1975, as Agências viram diminuídas quantitativamente todos os tipos de operações. O papel do Banco de Portugal como banco central assumiu-se marcadamente em detrimento do de banco comercial. Findaram as operações de desconto (a partir de 1976 só se procedem a regularizações de efeitos anteriormente aprovados), a rede de correspondentes foi extinta no 2º semestre de 1976, e grande número de Agências concelhias encerram as suas portas em 1977. No 2º semestre de 1978 são criados os serviços de Invisíveis Correntes e a Central de Apontes e Protestos, que vão preencher as lacunas existentes no trabalho da Agência. Em 1980 e, por motivos de segurança (enormes transferências de numerário), todas as Agências do Continente passam a funcionar sob o regime de "Banco de acesso condicionado". A Agência das Caldas da Rainha manteve-se em atividade até 30 de Junho de 1989. EDIFÍCIO A Agência das Caldas da Rainha esteve de início instalada num rés-do-chão alugado, na Praça da República. Em 1943, o Banco comprou o prédio e o edifício sofre obras de remodelação sob o aval do arquiteto Manuel da Rocha Casquilho. Em 1968, o Banco procedeu à aquisição de edifícios contíguos ao da Agência. Em 1970 foi aprovado o ante projeto de remodelação do novo espaço de autoria do arquiteto João José Gramunha Araújo.

Sistema de organização

Cronológico e numérico

Existência e localização de cópias

Nenhuma

Unidades de descrição relacionadas

PT/BP/BP-CG - Contabilidade Geral; PT/BP/BP-DEL - Delegações; BP-Obras