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Agência do Banco de Portugal em Moura

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Agência do Banco de Portugal em Moura

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/BP/BP-MOURA

Código de referência Nyron

BP-Moura

Título

Agência do Banco de Portugal em Moura

Datas de produção

1926-02-22  a  1977-06-21 

Dimensão e suporte

169 ; Papel

Entidade detentora

Banco de Portugal

História administrativa/biográfica/familiar

Moura funcionava como correspondência ordinária ligada à Agência de Beja antes de ter sido instituída como Correspondência Privativa. Em 1922, o agente em Beja salientava no seu relatório anual, a necessidade da criação de uma Correspondência Privativa em Moura pelas potencialidades de desenvolvimento que o local apresentava. Nesta conformidade, em 22 de Maio de 1926 estabelece-se a abertura da correspondência privativa de Moura nomeando Cândido Augusto Marrecas correspondente nesta localidade a partir de 1 de Junho de 1926. Em 15 de Março de 1932, por resolução do Conselho Geral do Banco, a Correspondência foi elevada a Agência, a partir de 9 de Maio do mesmo ano, sendo na altura, gerida por Jaime Vasco Godinho, e por Estevão Ambrósio Mendonça. A Agência estava inserida num zona essencialmente agrícola de cultura cerealífera, especialmente de trigo, com uma produção de azeite de grande qualidade que se destinava às conservas algarvias e, à exportação para Espanha e com as bem conhecidas águas minero-medicinais do Castelo e de Pizões. Ligada à Agência existia uma rede de correspondentes no país que, propostos por esta e nomeados pelo Conselho Geral do Banco, procediam a operações de desconto, cobrança de letras e a transferências periódicas de numerário. Esta rede englobava as localidades de Aldeia Nova de S. Bento, Amareleja, Barrancos, Brinches, Pias, Póvoa de S. Miguel, Safara, Santo Aleixo da Restauração, Sobral da Adiça e Vila Verde de Ficalho. As tarefas mais importantes da Agência eram: desconto de letras resultante das necessidades temporárias de capitais a empregar tanto na agricultura como na indústria oleícola; operações de transferências, provenientes do pagamento de géneros a pronto; efetuar empréstimos sobre penhor; receber depósitos à ordem e efetuar operações cambiais. Estavam-lhe vedadas as operações com o Tesouro, sendo no entanto, alvo de inspeções regulares com vista à conferência de saldos e de valores existentes em caixa. Enviava à Sede o balanço anual acompanhado de um relatório sobre a situação na região Desde a criação até à sua extinção, a Agência enfrentou alguns problemas, salientando-se a exiguidade das dotações para a concessão de crédito, um quadro de pessoal reduzido para o volume das transações e, escassez de numerário para liquidação dos empréstimos assumidos por grande número de clientes, no período pós 1974. Nesta zona os clientes que solicitavam crédito de maior monta renunciam a este, devido à ocupação das suas herdades pelos trabalhadores agrícolas tendo, algumas destas, mais tarde, sido expropriadas. Com a nacionalização da Banca em 1975, e com a promulgação da nova Lei Orgânica, o Banco de Portugal deixa de praticar o desconto direto ao público, sendo a generalidade das Agências atingidas por um esvaziar de tarefas. Nesta sequência, o Conselho de Administração anuncia em 1976, a extinção da rede de correspondentes e posteriormente o encerramento das agências concelhias. A Agência de Moura encerra definitivamente os seus serviços ao público em 13 de Maio de 1977. EDIFÍCIO O Banco comprou em 1925, um prédio situado na Praça Gago Coutinho. Nesse ano, permuta-o, por um outro, sito na Rua da República. Em 1967 comprou o Banco novo imóvel, contíguo ao anterior que foi posteriormente demolido, para se iniciarem as obras de construção do novo edifício. O projeto foi entregue ao arquiteto João José Gramunha de Araújo.

Existência e localização de cópias

Nenhuma

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