Desde muito cedo que o Banco manteve com bancos e correspondentes no estrangeiro uma regular atividade, visível através das remessas de letras em moeda estrangeira, cotações de câmbios, informações prestadas, das cartas e letras de crédito, das taxas aplicadas às operações de títulos, etc. Toda esta atividade estava inserida na Contabilidade.
A estrutura orgânica que foi sendo criada para enquadramento dos serviços, viria a sofrer inúmeras alterações, através dos tempos.
Com o desenvolvimento das funções que o Banco assumiu ao longo do tempo, a correspondência trocada relativa a acordos de compensação e pagamentos que foram vinculados com diversos países, a correspondência com o Fundo Monetário Internacional, com o Banco Mundial e outros organismos internacionais, os pagamentos internos da Zona do Escudo e as operações relativas ao ouro, passaram igualmente a figurar nas suas atividades.
Em 1963, com a extinção do Secretariado Geral, são criadas três direções de serviço distintas, entre elas a Direção de Serviços de Operações Cambiais, Reserva Monetária e Relações com o Estrangeiro (ORE) sendo nela incorporadas as operações cambiais, a correspondência com o estrangeiro, o comércio externo e o regime cambial. Em 1976, esta Direção passou a designar-se “Direção de Serviços de Estrangeiro, Reserva Monetária e Controlo Cambial”, que seria extinta no ano seguinte. Em sua substituição são constituídas duas novas direções - a de “Serviços de Estrangeiro” e a de “Regime Cambial”. Em 1988, o Departamento de Estrangeiro, concentrava as operações cambiais no país e no estrangeiro, a cobertura dos riscos de câmbio, as operações relacionadas com telecomunicações e posições, a previsão cambial e tratamento dos dados e os mercados e a gestão de reservas.
Em 1999, a gestão de reservas e a política monetária e cambial passaram a fazer do “Departamento de Mercados e Gestão de Reservas, entretanto criado.