Agência do Banco de Portugal em Guimarães
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/BP/BP-GUIMARÃES
Código de referência Nyron
BP-Guimarães
Título
Agência do Banco de Portugal em Guimarães
Datas de produção
1918-01-29
a
1986-01-01
Dimensão e suporte
169 ; Papel
Entidade detentora
Banco de Portugal
História administrativa/biográfica/familiar
Funcionando como correspondência vulgar ligada a Braga, Guimarães ascende a Correspondência Privativa por resolução do Conselho de Administração de 1 de Março de 1918, devido ao elevado volume de desconto que praticava, bem como à avultada soma de letras a receber no estrangeiro. Inicia as suas operações em 15 de Abril de 1918 tendo à sua frente Antão de Lencastre e Menezes Garcez. Pela circular de 22 de Maio de 1920, a Correspondência foi elevada à categoria de Agência a partir de 1 de Junho do mesmo ano, sob a direção de Francisco Marques de Almeida Maia, nomeado pelo Governador do Banco e Antão de Lencastre, o anterior correspondente. Guimarães encontra-se inserida numa zona de grande concentração industrial (possuía fábricas de fiação e tecidos, cutelaria, curtumes e cerâmica essencialmente destinados à exportação) sendo igualmente produtora de batata, feijão, fruta, milho e vinhos. A Agência era apoiada por uma rede de correspondentes no país nas localidades de Fafe e Vizela, Celorico de Basto, Caldas das Taipas, Pevidem, Riba d'Ave e, Felgueiras. Competia-lhes recolher informações sobre clientes, proceder a operações de desconto previamente autorizadas, cobrar letras e proceder a transferências de numerário recebido para os cofres da Agência. Também eles tinham que preencher e enviar mapas periódicos à Agência de que dependiam dando conta do movimento bancário. As tarefas mais importantes da Agência eram: o desconto de letras, saques sobre o estrangeiro, operações cambiais, operações de transferência, recebimento de depósitos à ordem de particulares, merecendo especial destaque as remessas de emigrantes. Á Agência estavam-lhe vedadas efetuar operações com o Tesouro e era alvo de inspeções regulares com vista à conferência de saldos e valores existentes em caixa. Devia ainda enviar à Sede o balanço anual acompanhado de um relatório sobre a situação na região. Os principais problemas com que a Agência se defrontou foram a concorrência com os bancos da praça, principalmente o Banco do Minho e o Banco Nacional Ultramarino, que praticavam taxas mais favoráveis, grande parte das transações relativas às industrias sediadas em Guimarães eram efetuadas por Braga ou pelo Porto, dado a maioria dos industriais, aí possuir escritório e residência, as instruções da Sede, durante os anos 20 e inícios dos 30, tendo em vista a contenção da circulação fiduciária levam a Agência a restringir ao máximo a concessão de crédito e a selecionar com critério a clientela. Em 1974, a crise nacional e a instabilidade financeira da maioria das empresas conduziu a uma procura de capitais que, por falta de liquidez da banca em geral, limitou a Agência à liquidação dos efeitos em carteira e ou à regularização dos já existentes. Em 1975, com a nacionalização da banca e a promulgação da nova Lei Orgânica do Banco, o desconto direto ao público deixa de ser praticado nas Agências. Em 1976 é extinta a rede de correspondentes do Banco e, ao longo de 1977, são encerradas a maior parte das Agências concelhias. Em 1978 são criados os serviços de Invisíveis Correntes e a Central de Apontes e Protestos, que vão preencher as lacunas existentes no trabalho da Agência. Em 1980 e, por motivos de segurança (enormes transferências de numerário), todas as Agências do Continente passam a funcionar sob o regime de "Banco de acesso condicionado". A Agência encerra ao público em 31 de Dezembro de 1988. EDIFÍCIO A Agência esteve primitivamente instalada num prédio arrendado, na Praça D. Afonso Henriques. Este edifício foi comprado pelo Banco em 8 de Outubro de 1920. Em 21 de Outubro de 1931, o Banco adquire dois imóveis à Comissão Liquidatária do Banco do Minho – um, sito na Rua 31 de Janeiro e o outro na Rua de Santo António, atual Rua da Rainha. Nesse mesmo ano procede a obras de adaptação de um deles, alugando o outro. Na década de 60, devido à falta de espaço e às deficientes acomodações, decidiu-se desocupar o imóvel alugado e reorganizar todo o espaço.
Existência e localização de cópias
Nenhuma